Mesmo depois das chuvas, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso está enfrentando uma série de incêndios florestais, totalizando 42 focos neste domingo (29), com mais de mil bombeiros e brigadistas em campo. As operações contam com o apoio de órgãos estaduais e federais, e os incêndios afetam áreas críticas como Chapada dos Guimarães e o Pantanal, regiões historicamente vulneráveis durante o período de estiagem.
Em Chapada dos Guimarães, os bombeiros combatem dois grandes focos de incêndio, um na região do Lago do Manso e outro entre Monjolo e a Comunidade Cachoeira Rica, utilizando um avião, dois caminhões-pipa e seis caminhonetes. No Pantanal, 20 equipes atuam em oito frentes de combate nas cidades de Cáceres e Barão de Melgaço, onde incêndios atingem várias fazendas, colocando em risco o delicado ecossistema da região.
Mobilização em múltiplas frentes e apoio institucional
Além dessas áreas críticas, incêndios florestais estão sendo combatidos em 17 outras cidades, incluindo Cuiabá, Sinop, e Lucas do Rio Verde. O trabalho é realizado em parceria com diversas instituições, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e as Forças Armadas.
O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) também realiza o monitoramento constante dos incêndios, orientando as equipes em campo. Diversas fazendas em municípios como Nova Ubiratã, Vila Rica e São José do Rio Claro estão sendo vigiadas de perto, e algumas áreas indígenas aguardam autorização para a entrada dos bombeiros.
Condições climáticas agravam situação
A seca severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a rápida propagação das chamas, exigindo esforços contínuos das equipes. O Corpo de Bombeiros reforça o pedido para que a população respeite o período proibitivo de uso do fogo e denuncie focos de incêndio imediatamente pelos números 193 ou 190.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 454 focos de calor foram registrados em Mato Grosso neste domingo, com a maioria concentrada no Pantanal, um dos biomas mais atingidos.