O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso da merendeira acusada de envenenar a comida de alunos e professores em uma escola de Porto Alegre em 2011. Com isso, Wanuzi Mendes Machado será julgada na Vara do Júri da capital, informou o Ministério Público (MP).
O caso ocorreu em setembro de 2011 na Escola Estadual Dr. Pacheco Prates, no bairro Belém Velho. Segundo as investigações, a merendeira, então com 23 anos, confessou ter colocado veneno de rato no estrogonofe servido aos alunos, professores e funcionários. À época, ela alegou problemas psicológicos. No total, 39 pessoas passaram mal após consumirem o alimento.
Em setembro de 2011, o juiz substituto da 1ª Vara do Júri, Leandro Raul Klippel, rejeitou a denúncia por tentativa de homicídio, sob alegação de que a merendeira jamais conseguiria matar alguém com a substância que utilizou para envenenar a comida. O Tribunal de Justiça (TJ-RS) reformou a decisão e acolheu a denúncia do MP, mas a defesa da merendeira recorreu ao STJ.
O advogado dela alegou que a quantidade de veneno colocado na comida não era capaz de matar e tentou desqualificar a denúncia por 39 tentativas de homicídio. Porém, o relator do processo no STJ, ministro Gurgel de Farias, negou o recurso.
“No caso presente, tendo o TJ-RS concluído que o suposto veneno colocado pela agravante no almoço dos alunos e professores da escola onde trabalhava possuía potencialidade lesiva suficiente para levar à morte tanto animais quanto humanos, não há como acolher a tese de crime impossível”, afirmou o ministro em sua manifestação.
Fonte: G1