A Mercedes ampliou sua linha nos últimos anos e atualmente possui desde carros compactos, partindo do Classe A, ao sedã Classe S, seu top de linha, passando por crossovers (carros que misturam características de vários segmentos, como SUVs e sedãs) e superesportivos.Até onde vai tanta diversificação? "Não vamos fazer nenhum carro abaixo do Classe A", disse o diretor de marketing e vendas da marca, Ola Kallenius, nesta quinta, no Salão de Paris. "Não haverá um Mercedes no chamado segmento B. Seria um passo longe demais."
Perguntado pelo G1 sobre o desafio para a marca de tentar cativar um público mais jovem, com carros mais acessíveis como Classe A, CLA e GLA, sem espantar o consumidor tradicional da montadora alemã, o executivo afirmou que a solução é manter a essência. "Há elementos que aparecem em todos os modelos. É preciso que o consumidor sente no carro e perceba:Estou em um Mercedes, explica.
Kallenius afirma que, enquanto a linha de compactos foi ampliada, a marca também manteve a atenção a modelos mais "premium", subindo o nível do Classe C, para diferenciá-lo ainda mais de A e B, e ampliando a linha mais cara, S. "É preciso proteger os valores da marca", afirma. "Nós queremos ser a primeira escolha, não ser escolhidos por causa de preço, mas por valores exclusivos."
Ao falar ao G1 sobre as pretensões da marca com a construção da fábrica em Iracemápolis (SP), prevista para ser inaugurada em 2016, Kallenius disse que não é esperado um crescimento linear nos primeiros anos.Sabemos que haverá altos e baixos, mas se queremos crescer no pais, por causa da questão de impostos, temos que estar lá. Talvez estejamos a frente do tempo, mas acredito que 2016 será um momento adequado."
Sobre o consumidor brasileiro, o diretor afirma que os clientes da Mercedes tem uma mentalidade que não muda muito no mundo todo: "Seja no Brasil, na China, nos Estados Unidos, são consumidores que fazem um compra emocional, fascinados pela promessa da marca, de realizar um sonho."Com relação a produção no Brasil, Kallenius diz que começarão com o Classe C e o GLA porque são os mais importantes segmentos para a marca no país no momento, mas não descarta incluir outros modelos na linha.
G1