O Mercado Livre está entrando no setor de farmácias no Brasil, mas não quer ter uma rede de lojas no País, e sim que as farmácias vendam seus produtos no marketplace da gigante de varejo eletrônico. A afirmação é do vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes. O objetivo é atrair as maiores redes de farmácias do Brasil, e também as pequenas, de bairro e de cidades menores.
A legislação atual para o setor farmacêutico do Brasil não permite esses tipo de operação com venda em marketplace. Por isso, Yunes disse que a empresa conversa com formadores de políticas publicas em Brasília para atualizar a regulação do setor, que é muito antiga.
O executivo contou que em vários países, como Estados Unidos, China e mercados da Europa e América Latina, a legislação permite a venda de produtos farmacêuticos, com e sem receita, por meio de marketplaces, mas no Brasil isso não é possível.
“Não queremos abrir rede de farmácias no Brasil, queremos farmácias vendendo com a gente”, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira. “O setor farmacêutico é o único setor que agente não atua no Brasil e vemos potencial de melhoria, para democratizar o acesso”, disse Yunes.
O executivo do Mercado Livre contou que o grupo comprou em agosto uma farmácia em São Paulo, a Cuidamos Farma, na zona sul da cidade, para testar e entender como funciona o mercado. Para ele, há um “potencial enorme” de ter um segmento farmacêutico “mais competitivo, moderno e mais aberto”.
“Estamos tendo conversas com formadores de políticas publicas para atualizar regulação”, disse Yunes. “No Brasil, não temos um marketplace de farmácias por questão da regulação”, ressaltou o executivo, que a partir de janeiro assumirá a posição de chefe de Commerce para a América Latina, mantendo também o papel de líder no Brasil.
Dos negócios do Mercado Livre, 95% são por meio do chamado “3P”, um modelo que faz a conexão de vendedores e compradores por meio de um marketplace.

 
        

 
                                