O mercado brasileiro de fertilizantes registrou uma pequena queda nos primeiros sete meses do ano, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). Nesse período, foram entregues 16,5 milhões de toneladas de fertilizantes, 0,2% menos que o registrado no mesmo período do ano passado. As informações foram divulgadas na manhã desta terça-feira (29/8), durante o 7º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, que acontece em São Paulo (SP).
A produção de nutrientes (NPK) registrou um recuo de 2,1% em relação ao ano passado, porém em julho, a produção nesse segmento aumentou 0,7% em comparação com o mesmo mês de 2016, totalizando 3,3 milhões de toneladas. As entregas de fertilizantes nitrogenados (nos sete meses do ano) somaram 2 milhões de toneladas, 1,9% menos que em 2016.
De acordo com a ANDA, esse recuo se deveu às entregas significantes no final do ano devido às antecipações de entregas para a segunda safra de milho e a queda de entregas para as lavouras de trigo.
A produção de fertilizantes intermediários também registrou queda, de 5,1%. Nos sete meses citados, esse segmento produziu 4,7 milhões de toneladas (em 2016 no mesmo período, se produziu 5 milhões de toneladas): os fertilizantes nitrogenados registraram queda de 24,8%, os fosfatados 0,9% e os potássicos, 3,8%.
As importações de fertilizantes intermediários, porém, aumentaram 14,4%, chegando a 14,3 milhões de toneladas. Os nitrogenados registraram um aumento de 16,3%, os fosfatados 27% e os potássicos 6,4%. “O Brasil é um dos mais importantes mercados para o setor de fertilizantes, puxados sobretudo pelas culturas de da soja, cana-de-açúcar e pastagens”, afirmou Charllotte Hederbrand, diretora da International Fertilizer Association (IFA). “É uma dinâmica diferente dos outros países por ser um grande país, em expansão de áreas agricultáveis”.
Entre janeiro e julho deste ano, Mato Grosso foi o estado que mais comprou fertilizantes e foi responsável por absorver 22,4% da produção total (3,7 milhões de toneladas), seguido do Paraná, que comprou 2,2 milhões de toneladas, São Paulo (2 milhões de toneladas), Goiás (1,6 milhão de toneladas) e Rio Grande do Sul (1,5 milhão de toneladas).