Cidades

Meninos e adolescentes já podem se vacinar contra HPV em Várzea Grande

O calendário nacional de vacinação de 2017 em Várzea Grande, também passou por mudanças para garantir uma melhor cobertura vacinal da população, principalmente dos adolescentes e jovens. As alterações já foram implementadas pela Secretaria Municipal de Saúde em todas as unidades e postos de saúde. Representam ampliação da faixa etária e novas recomendações de intervalo entre a aplicação das doses abrangendo as vacinas de hepatite A, tríplice viral e varicela, meningocócica e tríplice bacteriana acelular do adulto (DTPA – difteria , tétano e coqueluche) e inclusão da Papiloma Virus Humano (HPV ) quadrivalente para meninos.

A novidade é a extensão da vacina HPV quadrivalente também para os meninos com idades entre 12 e 13 anos. A vacinação nessa faixa etária protege meninos contra cânceres. A vacina é oferecida desde 2014 pelo SUS para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

“Os subtipos do vírus estão relacionados a quase todos os casos de cânceres no colo útero, o que explica o foco inicial no sexo feminino. No entanto, ainda o vírus está também relacionado a cânceres como o de pênis, ânus e boca, tornando necessária a imunização de ambos os sexos”, explica a enfermeira Paloma Auxiliadora da Silva Campos, que integra a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde. Informando que as vacinas estão disponíveis nas 19 unidades de saúde de Várzea Grande (Centros de Saúde, PSFs e Policlínicas) desde o início de janeiro de 2017. As unidades funcionam das 7h às 11h e das 13h às 17 horas.

Somente as meninas com idades entre 9 e 13 anos recebiam a vacina contra o HPV. Agora, com as mudanças propostas pelo Ministério da Saúde, a idade para as adolescentes que podem ser vacinadas na rede pública foi ampliada para 14 anos. No caso do público masculino, a faixa etária obrigatória para a vacinação será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos meninos com 9 anos até 13 anos.

“O objetivo é proteger as crianças e adolescentes antes do início da vida sexual e antes do contato com o vírus. Para ficarem imunes, adolescentes de ambos os sexos precisam tomar duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Ou seja, eles tomam a primeira dose da vacina e 6 meses depois têm que retornarem ao posto de saúde para receber a segunda dose”, esclarece Paloma.

Meninas que tomaram a primeira dose e estão em atraso com a segunda podem ir aos postos de saúde para receberem outra dose da vacina HPV. Com isso, completam o esquema vacinal não havendo intervalo máximo entre as doses e nem a necessidade de reiniciar o esquema vacinal.

A gerente de Vigilância Epidemiológica de Várzea Grande, Vitesinha Rosa Santos Almeida, lembra ainda que entre o público-alvo que deve ser vacinado contra o HPV também estão homens e mulheres vivendo com AIDS/HIV. “Neste caso, a faixa etária vai dos 9 aos 26 anos e o esquema vacinal é composto por 0-2-6 meses.  Pessoas nessas condições devem receber três doses contra o HPV, sendo a segunda aos dois meses e a terceira aos seis”.

Outras mudanças

A vacina meningocócica que protege contra a meningite agora disponibiliza uma dose única (reforço) para ser aplicada em adolescentes entre 12 e 13 anos. Antes, era aplicada somente em crianças de 0 até 15 meses.

No caso da tríplice viral indicada para prevenção contra sarampo, caxumba e rubéola a atualização do cartão de vacina está disponível para pessoas de 2 a 29 anos de idade. Esse público-alvo deve tomar duas doses da tríplice nos casos em que não foi ministrada corretamente ou houve alguma falha.

“A introdução da segunda dose justifica-se em função da correção da falha vacinal neste grupo e também pela situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm acometido, principalmente, adolescente e adultos jovens nessa faixa etária. A adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença”, esclarece Vitesinha Almeida ao explicar que essas mudanças constam no informativo do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde encaminhados aos Estados e Municípios.

Para pessoas com idades entre 30 a 49 anos será ministrada uma única dose. A vacina varicela (atenuada) também está disponível para crianças de até 4 anos devendo ser aplicada em uma dose única.

Outra alteração ocorre para a vacina da hepatite A agora indicada quando a criança completa 15 meses podendo ser administrada até os 23 meses. Nos casos em que não houve a vacinação nessa faixa etária, deverá ser administrada uma dose única nas crianças de 2 a 4 anos.

Para as mulheres gestantes que precisam receber a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTPA) a novidade é que agora podem procurar as unidades de saúde a partir da 20ª semana de gestação. Antes, a vacina era administrada na 27ª semana de gestação. “Mulheres que não se vacinaram durante a gravidez também podem receber a vacina DTPA no período puerpério (pós-parto), no entanto, não protege mais o feto, mas apenas a mãe para que ela caso venha a contrair a doença não a transmita ao bebê”, observa a enfermeira Paloma Campos. 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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