O caso aconteceu por volta de 20h30 dentro do estabelecimento comercial, situado no cruzamento entre as Ruas Paia dos Mosqueiros e Campos Sales, no bairro Tarumã. Uma das testemunhas contou ao G1 que os dois homens chegaram atirando contra o homem que estava sentado em frente ao comércio. "A menina também correu para dentro para se proteger. Foram momentos de pânico. A gente pensava que era um assalto, mas percebemos que não era quando vimos que eles [suspeitos] descarregaram todas as balas no homem. A gente ouviu o homem baleado dizer que foi por motivação passional", relatou uma testemunha.
Emilly e o homem foram levados à Unidade de Pronta Atendimento (UPA) do bairro Tarumã. Depois, os dois foram transferidos para outros hospitais da capital. A menina não resistiu e morreu por volta de 22h30, no Pronto-Socorro da Criança, situado na Avenida Brasil, no bairro Compensa, na Zona Oeste da capital. O homem ferido segue internado. Não há informações sobre o estado de saúde dele.A mãe da criança, Marqueline Moreira, disse que a menina havia saído para comprar alimentos para a família, que mora a poucos metros do estabelecimento comercial. "Era cedo e a rua estava movimentada", afirmou a mulher.
Segundo a família, a irmã da menina, de sete anos, está abalada com a morte. "As duas eram muito apegadas. Ela era cheia de vida. Acabaram com nossa casa, nossa vida e nossa família", lamentou a avó materna, Margarete Moreira.O pai de Emilly pediu justiça. Segundo Edmilson Alves de Carvalho, que é técnico em manutenção, a rua tem policiamento, mas os policiais não permanecem no local por muito tempo. "É difícil aceitar essa covardia. É uma tragédia que achávamos que nunca ia acontecer conosco. Ela era uma menina muito alegre, gostava de cantar na igreja que a gente frequenta. As pessoas não têm amor a ninguém", disse.O caso foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), e é investigado pela Delegacia Especializado em Homicídios e Sequestros (DEHS).
G1