Os pais, já desesperados e procurando qualquer outra solução, resolveram tentar um tratamento polêmico: em abril de 2012, Emma se juntou a um grupo de 12 pessoas no Hospital Infantil da Filaldélfia e teve o vírus da AIDs injetado em seu organismo.
As células T, que ajudam na produção de anticorpos no organismo, foram retiradas do corpo de Emma. Então foi injetado o vírus desativado de HIV, que, segundo os médicos, funcionam melhor com este tipo de célula. Após isso, as células T foram colocadas de volta no corpo da menina. O método é, inclusive, a esperança de substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.
Outra criança que participou do processo experimental melhorou, mas depois teve uma recaída. Em dois adultos, o tratamento não funcionou. Emma também teve reações agressivas: febre de 40,5 graus, ficou inconsciente e irreconhecível de tão inchada. Precisou respirar por aparelhos e quase morreu. Mas, de acordo com o Dr. Carl June, à frente das pesquisas na universidade americana, esses sintomas são a comprovação de que o tratamento funcionou.
Emily permanece saudável e não tem câncer 1 ano depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados, que permitiram se concentrar em um objetivo concreto presente neste tipo de leucemia', disse o médico através de comunicado oficial do centro de estudos.
"Isso se chama Síndrome da Liberação de Citocinas e se refere aos produtos químicos que são expelidos das células do sistema imunológico quando ativadas. O que gera os problemas e pode afetar os pulmões e causar quedas perigosas na pressão arterial. Foi isso que fez a família de Emma achar que ela estava morrendo", explicou June ao jornal "New York Times".
Só pode-se dizer que uma pessoa sobrevive ao câncer quando vive há cinco anos. Mas Emma, livre há um ano, tenta levar uma vida normal, vai a escola e já sai para brincar com os amigos. Na página do Facebook "Prayers for Emily (Emma) Whitehead" é possível acompanhar os passos da menina.
MarieClaire