O delegado responsável pelo caso, Felipe Socha, chefe do Ciops (Centro Integrado de Operações e Segurança), onde o caso está registrado, disse que o crime aconteceu por conta de uma jaqueta na tarde do último dia 31.
– A menina estava com dois amigos, cada um deles de 16 anos, com a vítima, que era maior de idade e usava drogas, quando houve um desentendimento. O homem teria vendido a roupa para comprar entorpecentes.
Revoltados, os dois adolescentes pegaram uma barra de ferro e acertaram a cabeça da vítima, que também foi atacada a facadas, três vezes.
Em seguida, a garota, aproveitando que o homem já estava desacordado no chão, mas vivo, desferiu sozinha mais 18 facadas nas costas dele. Durante duas horas, a vítima foi torturada com requintes de crueldade pelos menores.
– Como se não bastasse isso, um dos menores pegou uma tesoura e perfurou o coração do rapaz diversas vezes. Os três agiram realmente com a intenção de matar. Crime bárbaro e cruel.
Após cometer o homicídio, os três menores fugiram e voltaram por volta das 23h para remover o corpo do local. Eles embrulharam a vítima em um lençol e a jogaram em um terreno abandonado.
Um amigo da vítima foi até o local ficou sabendo do ocorrido pelos vizinhos. Os adolescentes ainda foram à residência de um morador pedir água e mostraram um vídeo no celular onde registraram o sofrimento da vítima.
A Polícia Militar foi chamada e fez rondas, mas não conseguiu encontrar o corpo nem os autores. Na manhã do dia 1º, o cadáver foi encontrado e a polícia começou a investigar o caso.
Os policiais já tinham suspeitas e informações sobre os adolescentes, que fugiram para o Distrito Federal no mesmo dia. Nesta quinta, eles voltaram à cidade, mas foram surpreendidos pelos investigadores e levados à delegacia.
Em depoimento, os três confessaram o crime e contaram com detalhes como tudo aconteceu.
– Cada um dos adolescentes confessou que tem mais de um homicídio na cidade também. A menina ainda não tinha passagens.
Os menores responderão pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado e devem cumprir medidas socioeducativas de até três anos.
R7