O prefeito Mauro Mendes (PSB) se irritou com a postura do deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), candidato em segundo turno ao cargo, ao sugerir que a situação da CAB Cuiabá fosse deixada para o próximo gestor. A agência está sob intervenção da prefeitura há cinco meses e passa por investigação para identificação dos trabalhos realizados na área de saneamento da capital em três anos de comando.
“A justiça acabou de analisar os argumentos colocados pela CAB e pela Prefeitura de Cuiabá. E arquivou o processo, reconhecendo que é legítima e legal a intervenção feita pela Prefeitura de Cuiabá”, enfatizou Mendes.
A intervenção é válida por seis meses e termina em novembro. “Estamos próximos dos seis meses [de intervenção]. E muito provavelmente, antes do término, teremos novidades. E eu não vou deixar o problema sem resolver”, afiançou o prefeito.
Existe dois caminhos, na avaliação do prefeito, para que o problema seja equacionado. “Ou eles [da CAB] repassam para um grupo investidor com capacidade técnica e financeira de fazer os investimentos e honrar os compromissos contratuais ou iremos declarar a caducidade do contrato e retomar isso para o município de Cuiabá”, proclamou.
Caso a caducidade seja declarada (embasada pelo não cumprimento do contrato), o próximo prefeito teria o caminho livre para fazer nova licitação para os serviços de água e esgoto já, que, como o próprio prefeito Mauro Mendes tem ressaltado, o município não tem condições financeiras de arcar com os serviços e novos investimentos.
Apoiado pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB), responsável pela concessão para a CAB, a cobrança de Emanuel Pinheiro foi prontamente rejeitada pelo atual prefeito. “A qualquer momento sou obrigado a fazer um debate franco e aberto com a sociedade, com os órgãos constituídos, com o Ministério Público Estadual, Câmara de Vereadores, movimento comunitário e com os cidadãos, para decidir o rumo a tomar. Agora é claro: decisões cabem ao atual prefeito tomar”, completou Mauro Mendes.