Sempre os políticos mais ricos nas disputas que participam desde que tornaram suas vidas públicas, o candidato a governador Mauro Mendes (DEM) e seu vice Otaviano Pivetta (PDT) declararam patrimônio de nada modestos R$ 113,4 milhões e astronômicos R$ 379,4 milhões, respectivamente, à Justiça eleitoral.
São disparado os de maior patrimônio, mas o acúmulo de riquezas de Mendes impressiona pelo volume de crescimento: foi de R$ 23,8 milhões para os quase R$ 114 milhões de agora, um aumento de 376,46%, desde a última vez em que declarou publicamente seu patrimônio, por ocasião da primeira eleição disputada, em 2008. Isso deve obrigar o atual governador Pedro Taques (PSDB), que diz ter só um apartamento, a mudar o discurso sobre ele ser um “empresário fracassado” e cujas "empresas vão mal".
Quem não mudou de status, entretanto, foi o vice da coligação Pra Mudar Mato Grosso (DEM, PSD, PDT, PSC, MDB, PMB, PHS e PTC). Ele continua, como apontaram diversos veículos de comunicação nos tempos de prefeito de Lucas do Rio Verde, um dos dez candidatos mais ricos do Brasil.
A grana de Mauro Mendes se divide entre vários empreendimentos, dentre os quais, casas de R$ 1 milhão e R$ 2,8 milhões, prédio comercial de R$ 378,1 mil e ações de R$ 105 milhões.
Gangorra que só sobe?
Mauro Mendes costuma aumentar o patrimônio a cada eleição. Quando tentou ser governador, em 2010 e perdeu para Silval Barbosa, disse ter R$ 57,1 milhões acumulados. Ao conseguir se eleger prefeito, em 2012, o patrimônio era maior do que é hoje, pois ele disse ao TRE ter exatos R$ 116,8 milhões, logo, deu uma “empobrecida” de R$ 3,4 milhões entre uma eleição e outra.
Seu vice, Otaviano Pivetta, ex-candidato mais rico do Brasil em 2016, também administra bem os negócios, fazendo-os crescer para R$ 359,5 milhões daqueles dias de derrota, em 2016, após apresentar uma declaração de R$ 321 milhões em 2010, quando foi eleito a primeira vez. E aqui, um adendo: ser vice de Mauro meio que o faz mais pobre, pois no mesmo 2010, quando foi candidato a vice-prefeito, disse possuir R$ 415,1 milhões.
Nada a lamentar ao se levar em conta o início de sua vida pública, como deputado estadual, em 2006, quando era dono de “módicos“ R$ 82,2 milhões de patrimônio.