O governador Mauro Mendes cobrou postura equilibrada do presidente da República, Jair Bolsonaro, na condução da crise do coronavírus. Mendes diz que a “potencialização” de um cenário político instável poderá gerar uma “explosão” na administração do país, já com quadro conturbado na saúde.
“Nós não podemos, sob hipótese alguma, fazer dessa grande da saúde, que, necessariamente, vai gerar uma grande crise econômica, uma grande crise da política. Se começarmos a potencializar essas divergências isso vai, ao meu ver, fazer uma combinação explosiva no país”.
A declaração foi feita durante entrevista para o site Uol no painel “Estamos contra a pandemia”, nesta quarta-feira (1º), também com a participação dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Espirito Santo, Renato Casagrande (PSB).
O foco do debate foi o descompasso entre ações do governo federal e dos Estados nas tomadas de medidas de prevenção ao coronavírus. Bolsonaro defende e incentiva o isolamento restrito para pessoas com o contágio e no grupo de riscos enquanto os governadores estão baixando decreto de isolamento social e funcionamento apenas do comércio de bens essenciais.
Mendes disse que está faltando apontamento de “caminhos corretos” pelo presidente Bolsonaro na condução da crise na saúde. Ele citou critérios de “equilíbrio”, “bom senso” e “diálogo”.
“Estou disposto a colaborar, estou disposto a segui-lo. O nosso presidente da mentalidade que o levou até à Presidência do país, enfrentando o Partido dos Trabalhadores (PT). Todos nós queremos segui-lo desde que ele aponte os caminhos corretos, uma o Brasil evite divisões desnecessárias e perda de energia”.
A perda de energia de Bolsonaro apareceu mais uma vez hoje em redes sociais. O presidente postou em seu perfil um vídeo em que faz críticas a prefeitos e governadores que defendem o isolamento social durante a pandemia. O post foi apagado minutos depois.