Enfim, após seis anos, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) voltou a ser pauta oficial do governo de Mato Grosso. No Palácio Paiaguás, acompanhado da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM) e do vice-prefeito eleito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), o governador Mauro Mendes concedeu entrevista coletiva para falar sobre a decisão que será tomada pelo Governo de Mato Grosso sobre o modal de transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande.
"Depois de muito estudo, questões técnicas, a melhor solução para dar o fim para esse pesadelo é mudar o modal de VLT para o BRT e acabar com a obra parada", disse o governador nesta tarde de segunda-feira (21).
A entrevista, na Sala Garcia Neto, foi para evidenciar algumas condições para que as obras paralisadas desde 2014 fossem praticamente enterradas e com isso abriu chance de implantação do BRT no transporte coletivo de Cuiabá. Na explicação, Mauro fala dos estudos que foram feitos e que resultou em mais de 1,4 mil páginas.
A viabilidade do modal foi discutida na Comissão de Mobilidade Urbana do Governo Federal desde 2019, a pedido do Governo do Estado. Segundo o governador, não escolheram o BRT, em 2013, por motivos outros, como pagamento de propina.
"Se for um VLT acomplexidade é gigante. O melhor era fazer linhas do BRT. Os Tecnicos apontam 11 VLT's a mais do que énecessidade. Mesmo no horáriode pico ficaríamos com 11 parados sem nenhuma utilização. São estudos da KPMG e Instituto Oficina", disse o governador.
"O BRT vai subir a Filinto Muller ou Couto Magalhães e vai pegar mais passageiros que pegariam o VLT. O impacto do trânsito é menor. O sistema é sob pneus e agride menos. O impacto no trânsito é menor".
Além disso, o governador falou que terá ciclovia na Avenida do CPA, em espaço arborizado e sem nenhum tipo de degradação ao meio ambiente. "Com o BRT não será necessário que cortem mais árvores em Cuiabá e ainda terá ciclovias", disse o governador.