Foto: Andréa Lobo / Cicuito MT
Aliado político de Pedro Taques (PDT) desde as eleições de 2010 – quando disputou a eleição para o governo no mesmo grupo em que Taques se lançou ao Senado, o prefeito Mauro Mendes (PSB) afirma que a aliança com o governador não irá se quebrar, mesmo que o pedetista saia do seu partido atual e se filie ao PSDB.
Caso se confirme a migração partidária de Taques para o partido do senador Aécio Neves (PSDB), o governador se tornaria membro da sigla que, historicamente, ocupou o lados opostos nas três eleições em que o gestor municipal disputou (2008 – 2010 – 2012).
“Eu conheci Pedro Taques como adversários do PSDB, a nossa relação transcende essa questão partidária. Somos pessoas do bem que querem fazer o bem na política. Partido é um instrumento no processo eleitoral e político, mas as pessoas do bem estão a cima disso”, afirmou Mendes, nesta segunda-feira (08), durante a inauguração da Central de Abastecimento de Cuiabá.
O PSB foi um dos partidos que fizeram um convite formal ao governador, que já sinalizou o desejo pela saída de seu partido. Porém, a maior possibilidade é que Taques se torne o mais novo tucano do estado, já que rumores apontam que ele deve se filiar a sigla do deputado federal Nilson Leitão e do senador Aécio Neves no próximo dia 27 de junho.
O prefeito de Cuiabá afirma que respeita a decisão de seu parceiro político, porém acredita que o PSB é o melhor caminho para o governador, que se tornaria um dos principais nomes do partido nacionalmente, diferente do PSDB, em que muitos líderes já se destacam.
“Fizemos o convite e estamos deixando o governador com toda a tranquilidade e reponsabilidade que ele tem para tomar uma decisão. É uma analise que cabe a ele fazer. Companheiro sabe respeitar decisão, mas estou muito convencido que a melhor opção que ele tem neste momento é se filiar no PSB”, declarou o socialista.
Decisão STF
No dia 27, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a regra de perda do mandato nos casos de desfiliação partidária de políticos que ocupam cargos majoritários (prefeitos, governadores, senadores e presidente), pode facilitar a saída do governador Pedro Taques do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
A migração do gestor para outra sigla está sendo ventilada desde março, quando o pedetista assumiu o desejo de não permanecer no mesmo grupo que o presidente nacional, Calos Lupi e o presidente regional do PDT, deputado Zeca Viana.
A decisão do Pleno foi unânime, e se deu no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5081, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.
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