Os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovaram nesta terça-feira, 20, um acordo para melhorar a prevenção, a preparação e a resposta a futuras pandemias, diante da devastação causada pelo coronavírus.
Aplausos prolongados ecoaram no salão em Genebra onde ocorre a assembleia anual da OMS, à medida que a minuta – debatida e elaborada ao longo de três anos – foi aprovada sem oposição.
O tratado garante que os países que compartilharem amostras de vírus receberão testes, medicamentos e vacinas. Até 20% desses produtos seriam destinados à OMS para garantir que países mais pobres tenham algum acesso a eles quando a próxima pandemia surgir.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou o acordo como “histórico” e como um sinal de multilateralismo num momento em que muitos países colocam seus interesses nacionais à frente de valores compartilhados e da cooperação.
Esperance Luvindao, ministra da Saúde da Namíbia e presidente do comitê que abriu caminho para a adoção do acordo nesta terça, afirmou que a pandemia de covid-19 causou enormes prejuízos “em vidas, meios de subsistência e economias”.
“Nós – como Estados soberanos – decidimos unir forças, como um só mundo, para que possamos proteger nossas crianças, idosos, profissionais de saúde da linha de frente e todos os demais da próxima pandemia”, acrescentou Esperança. “É nosso dever e responsabilidade com a humanidade.”
A eficácia do tratado será colocada em dúvida porque os Estados Unidos – que investiram bilhões no desenvolvimento acelerado de vacinas contra a covid-19 por empresas farmacêuticas – ficaram de fora, e porque os países não enfrentam penalidades se ignorarem o acordo, um problema comum no direito internacional.
Os EUA, tradicionalmente o maior doador da agência de saúde da ONU, não participaram das etapas finais do processo de elaboração do acordo depois que o governo Trump anunciou, em janeiro, a retirada do país da OMS e o corte de financiamento à agência.
*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em: https://www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/