O suspeito Wellington Mariano da Silva foi preso pela Polícia Judiciária Civil de Juscimeira (215 km ao Sul) durante a “Operação Ares Vermelho”, desencadeada em Cuiabá e outros seis municípios mato-grossenses. Ele está sendo apontado pelos investigadores como membro do Comando Vermelho (facção criminosa) e agia a mando de detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Segundo as investigações coordenadas pelo delegado Victor Hugo Bruzulato Teixeira, a quadrilha lucrou cerca de R$ 1 milhão com cometimento de roubos de veículos.
“Foi possível identificar em três meses uma grande organização criminosa que vinha agindo de dentro dos presídios, cujo objetivo era o roubo de veículos; fomentou lucro de um milhão e meio”, disse o titular da Derf (Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos).
Wellington foi preso em Jaciara com de 17 quilos de drogas movimentada na cidade. O suspeito mantinha ligações diretas com o Comando Vermelho e além dele, outras cinco pessoas foram presas em flagrante.
Operação Ares Vermelho resultou no cumprimento de 50 mandados e apreensão de 100 kg de entorpecentes.
Farra na PCE
O programa Fantástico da Rede Globo mostrou na noite de domingo (20) que detendos da Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá (MT), mantém grupo de WhatsApp e um mercadinho dentro da unidade.
A reportagem mostrou imagens exclusivas de como funcionava o plano do lado de dentro da unidade. Além disso, a forma como eram feitas as compras e revendas de materiais e utensílios domésticos aos presos. O apresentador Tadeu Schmidt chegou a dizer que lá “tudo está liberado”
A matéria especial deste domingo exibiu inclusive, a comunicação dos detentos por meio de celulares com tranquilidade. Eles chegaram a criar grupo de Whatsapp denominado “Marreta Progresso 157” (157 é o artigo do Código Penal referente a prática de roubo) para combinar crimes que seriam cometidos por comparsas do lado externo do presídio.
Nome da operação
“Ares” remete ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daí o complemento “vermelho”, devido a cor.
Os mandados de prisão, busca e condução foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital – Vara Especializada do Crime Organizado, na investigação comandada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), em parceria com a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.
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