Ao mesmo tempo, a demanda da China, principal importador, deve continuar crescendo, disseram analistas de oleaginosas da Oil World, baseada em Hamburgo, nesta terça-feira.
A seca reduziu a previsão de safra de soja brasileira em 9 por cento nos últimos três meses, e a colheita da Argentina em 11 por cento, disse o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) na sexta-feira, com reduções maiores que as esperadas por traders.
"As esperanças dos consumidores por uma pressão (de queda nos preços) por conta do início da nova safra na América do Sul foram frustradas nas últimas semanas, forçando-os agora a buscar cobertura em um mercado em ascensão", disse a Oil World.
"A demanda por exportação de soja norte-americana sofreu um forte recuo na primeira metade da temporada devido às exportações, incomumente grandes na América do Sul. Mas as severas perdas na safra no hemisfério sul tornaram mais claras as perspectivas de demanda para exportadores norte-americanos."
A demanda da China, maior consumidor de soja do mundo, também deve aumentar, disse a consultoria alemã.
"Há uma preocupação sobre a falta de água nas regiões produtoras de soja da China. Há também rumores de que o país asiático vá transferir mais terra de soja para o cultivo de milho, como parte de uma política do governo para atingir a autossuficiência em grãos e melhorar a eficiência do uso da terra", disse.
"A China deve aumentar as compras de soja este ano, apoiada pela forte demanda doméstica por óleo e farelo", acrescentou a Oil World.
Fonte: REUTERS