Cidades

Médicos residentes entram em greve em dois hospitais de Cuiabá

Nesta sexta-feira (18) os médicos residentes dos hospitais Júlio Muller e do Hospital do Câncer, em Cuiabá entraram em greve. O movimento é por tempo indeterminado e cobra melhores condições na área e mais qualidade na formação profissional nas universidades de medicina. Além disso denunciam condições precárias de atendimento oferecidas aos pacientes, da escassez de medicamentos, equipamentos e insumos, da superlotação e da desvalorização da residência médica.

A paralisação é nacional e foi decidida pela Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR). Durante a paralisação, a categoria promete manter apenas os atendimentos de urgência e emergência, funcionando com escala mínima de plantão. A orientação é que 30% do corpo clínico (médicos residentes) continuem trabalhando.

Entenda a greve

Os médicos residentes começaram hoje uma paralisação em várias cidades do país. A Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) quer obter melhores condições para a categoria.

Os residentes já tinham feito uma paralisação de 24 horas em setembro. Mas eles avaliaram que apenas três de suas nove reivindicações tiveram algum avanço, o que seria insuficiente para garantir a qualidade da residência médica no Brasil. Além da paralisação, os médicos residentes estão fazendo manifestações para chamar atenção para a causa.

Segundo o presidente da ANMR, Arthur Danila, 45% das vagas em programas de residência médica no Brasil estão ociosas. "E ainda assim o governo amplia de forma indiscriminada novas vagas de residência, mesmo sem conseguir avaliar os programas já abertos para averiguar possíveis razões para tamanha ociosidade. Ao passo que novas vagas são abertas, o investimento na educação e saúde é insuficiente, e os programas estão cada vez mais sucateados", disse ele segundo sua assessoria de imprensa.

A greve faz parte do Movimento Nacional de Valorização da Residência Médica, lançado em 27 de agosto pela ANMR. A entidade avalia que os ministérios da Saúde e da Educação não colocaram em prática a maior parte das suas reivindicações.

A ANMR diz que a greve durará até que sejam cumpridas algumas exigências. Uma delas é a interrupção imediata da abertura de novas vagas ou ampliação de programas já existentes até o fim da avaliação do que já existe hoje. 

Tal avaliação deve ser feita na presença de um especialista da área e representantes dos próprios residentes. Exigem ainda um plano nacional estratégico de ampliação de vagas de residência levando em conta as necessidades de cada especialidade em cada região.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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