Cidades

Médicos fazem greve geral a partir de segunda-feira em Cuiabá

Os médicos da rede pública de saúde de Cuiabá não aprovaram a contraproposta da Secretaria Municipal de Saúde e decidiram pela greve geral por tempo indeterminado. Isso significa que não terá atendimento ambulatorial nas 65 unidades de PSF, 15 Postos de Saúde, nas cinco Policlínicas e nos Centros de Especialidades Médicas da capital. Ou seja, 37% da população que utiliza a atenção básica ficará desassistida, e funcionará apenas a urgência e emergência.

Esta é a situação apontada pela presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Eliana Maria Siqueira Carvalho, “até que o prefeito Mauro Mendes atenda favorável e tome as providencias”. 

O motivo principal, segundo o Sindimed, é a ausência de proposta concreta quanto o apoio à segurança policial dos servidores, principalmente, e pelo descumprimento do acordo judicial e do edital do concurso público realizado no ano passado.

“Além de não ter nada de proposta concreta, estipulando apenas uma audiência para o dia 23 de fevereiro, ainda querem empossar apenas os 85 médicos do concurso, para 170 vagas, que eram para assumir no ano passado”, responde o jurídico do Sindimed, Renyl Ferreira. 

No acordo estabelecido há quase um ano (em 24 de fevereiro), através do termo de conciliação feito pelo Tribunal de Justiça, o município de Cuiabá deveria realizar um concurso público para preenchimento de 170 vagas de cargo de médico, de provimento efetivo, sendo que destas, 85 era para posse em 2014 e as demais para este ano.

Há ainda a campanha de reajuste salarial por um aumento salarial de R$ 3,5 mil, que é o que recebem por 20 horas semanais, para o indicativo de R$ 11.675,94, conforme a sugestão aprovada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

O Sindimed aponta que as capitais dos Estados de Amazonas, Acre e Roraima já possuem o piso conforme a Fenam, enquanto em Cuiabá, além do salário estar defasado, o último reajuste não acompanhou o índice de inflação.

Somam na capital em torno de 700 médicos. A categoria médica já realizou quatro paralizações de 24 horas, desde o dia 15 de janeiro, tendo em vista estas reinvindicações por melhores condições de trabalho. A última foi nesta terça-feira (03), onde foi decidido que haverá a greve por tempo indeterminado.

Ás 14h, desta quarta-feira (04), o Sindimed vai esclarecer a situação em coletiva de imprensa, na sede do sindicato, localizado na Avenida General Vale, 321, ao lado do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC).

 

Redação

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