Cidades

Médicos de Cuiabá voltam a cruzar os braços nesta sexta-feira

Os médicos que atendem a rede municipal de saúde de Cuiabá anunciaram uma nova grave para esta sexta-feira (10), a partir das 12 horas. A justificativa é o descumprimento do acordo firmado com a Prefeitura de Cuiabá em fevereiro deste ano com a intermediação da desembargadora Clarice Claudino da Silva, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e do juiz Hildebrando Costa Marques, coordenador da Central de Conciliação e Mediação do Judiciário estadual.

Na época, o acordo era a criação de uma comissão composta por 10 membros (quatro indicados pelo Sindimed e quatro da Prefeitura de Cuiabá), com prazo de 60 dias para apresentação de uma proposta à Central de Conciliação e Mediação sobre a reposição salarial e o plano de carreira solicitado pela categoria. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), isso não foi cumprido.

No inicio do ano, a categoria iniciou uma serie de paralisações, reivindicando, principalmente, a ausência de proposta concreta quanto o apoio à segurança policial dos servidores, e pelo descumprimento do acordo judicial e do edital do concurso público realizado no ano passado.

O acordo estabelecido há quase um ano (em 24 de fevereiro), através do termo de conciliação feito pelo Tribunal de Justiça, determinava que o município de Cuiabá deveria realizar um concurso público para preenchimento de 170 vagas de cargo de médico, de provimento efetivo, sendo que destas, 85 era para posse em 2014 e as demais para este ano.

Há ainda a campanha de reajuste salarial por um aumento salarial de R$ 3,5 mil, que é o que recebem por 20 horas semanais, para o indicativo de R$ 11.675,94, conforme a sugestão aprovada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Outro lado

A assessoria da Prefeitura considerou o indicativo de greve como precipitado, já que está marcada uma reunião de conciliação para o dia 17 de abril no Tribunal de Justiça com o prefeito Mauro Mendes e representantes do Sindimed com a presença da desembargadora Clarice Claudino.

Conforme confirmado ao Circuito Mato Grosso, a Procuradoria Geral do Município já ingressou na Justiça, com um pedido de liminar, considerando a greve ilegal e exigindo 100% no funcionamento do atendimento de emergência e 70% nos demais serviços.

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Redação

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