Os médicos da rede municipal de Cuiabá se reunirão nesta sexta-feira (24) para discutir o fim da greve que já dura duas semanas. O Sindimet (Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso) negocia um retorno, após alguns profissionais furarem o movimento grevista. Os profissionais de saúde cobram o acordo firmado com a Prefeitura de Cuiabá em fevereiro deste ano sobre a reposição salarial e o plano de carreira solicitado pela categoria.
A presidente do sindimed, Eliana Maria Siqueira Carvalho disse que a decisão deverá ser colegiada. “Precisamos apreciar nesta assembleia, sair da greve ou endurecer o movimento, pois é uma decisão da categoria. Portanto se a maioria for contra acabaremos com a greve, ou a favor de continuarmos de braços cruzados”, disse. Ainda segundo Eliana, a reunião deverá falar sobre o “rumo que tomaremos, porque muitos colegas não tiveram respeito com a decisão da categoria e continuaram trabalhando e enfraquecendo o movimento”, finalizou.
O coordenador financeiro do sindicato, Breno Rocha, disse que as negociações entre a prefeitura, qua aconteceu nesta quarta-feira (22), durou várias horas. "O sindimiet irá levar o resultado da negociação para os médicos em uma assembleia marcada para começar as 19h de sexta-feia (24)", disse.
O acordo estabelecido há quase um ano (em 24 de fevereiro), através do termo de conciliação feito pelo Tribunal de Justiça, determinava que o município de Cuiabá deveria realizar um concurso público para preenchimento de 170 vagas de cargo de médico, de provimento efetivo, sendo que destas, 85 era para posse em 2014 e as demais para este ano.
Há ainda a campanha de reajuste salarial por um aumento salarial de R$ 3,5 mil, que é o que recebem por 20 horas semanais, para o indicativo de R$ 11.675,94, conforme a sugestão aprovada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Outro lado
A Prefeitura, através de nota da Secretaria de Governo e Comunicação, afirmou que os médicos da rede pública do município se recusam a atender a população. Tudo isso, descumprindo uma liminar judicial que classificou a greve, iniciada há uma semana, como ilegal.
“A Secretaria Municipal de Saúde informa que já tem relatos documentados de usuários do Sistema Único de Saúde que tiveram atendimento médico negado na UPA Morada do Ouro e nas Policlínicas, sendo encaminhados para o Pronto Socorro de Cuiabá”, diz trecho da nota à imprensa.