Foto Reprodução
Por falta de repasses do Governo do Estado, os médicos da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis (214 km de Cuiabá) paralisaram os atendimentos de serviços eletivos, aqueles em que o paciente não corre risco de perder a vida. Com a decisão, estão sendo atendidos apenas casos de urgência.
Os profissionais da saúde reclamam que estão sem receber os plantões desde novembro de 2016. Os valores em atraso, de acordo com os profissionais, chegam à quantia de R$ 8 milhões, referentes ao complemento das UTIs adulto e UTIs neonatal e pediátrica. Além do complemento da Unidade de cuidados intermediários e Canguru.
De acordo com o vice-diretor da Santa Casa, Kemper Carlos Pereira, o corpo clínico da Casa também está com os recebimentos atrasados desde novembro de 2016.
"Os médicos tem suas famílias e precisam de dinheiro para viver, entendemos que é impossível trabalhar e não receber por tanto tempo” afirmou o vice-diretor Kemper Pereira.
O diretor ainda argumenta que muitos dos médicos especialistas que atuam nas UTIs vieram de outras regiões para trabalhar e estão com dificuldades, em função dos atrasos constantes.
“Tivemos que trazer pessoas de fora, qualificadas em áreas específicas para agora ficarem sem receber” afirmou.
O diretor ainda lembrou que a Santa Casa possui diversos compromissos financeiros, que estão em atrasos, o que acarreta em incidência de juros e multas, que não são pagas pelo Estado.
“Rogamos as autoridades públicas que reconheçam a essencialidade dos serviços prestados por esta instituição que presta serviços a saúde da população, e realize o pagamento de todos os atrasados com a máxima urgência”, informa trecho de ofício direcionado ao Governo do Estado.