Conforme o sindicato, o protesto é por melhor estrutura na saúde pública e contra a aprovação da medida provisória 621/2013 referente ao programa Mais Médicos (que permite profissionais do exterior trabalharem no Brasil). Os profissionais devem usar camiseta preta durante a passeata, pelas ruas de Cuiabá. Em Mato Grosso, o último levantamento do CRM aponta que são 6.706 profissionais com registros.
Nessa terça (8), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) convocou o Dia Nacional de Protesto contra a precariedade da saúde pública e do trabalho médico, "agravados pelas contradições do programa". Os profissionais argumentam que o Mais Médicos facilita a entrada de profissionais formados no exterior, sem comprovação técnica e com concessão de registro pelo Ministério da Saúde, que "é exclusiva dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs)".
A Fenam quer realização de concurso público e criação de carreira de estado médico. Além de melhorias das infraestruturas de atendimento.
Os médicos cobram ainda aumento de investimentos em saúde (10% da receita bruta); pedem isonomia no valor pago em bolsa ao médico residente brasileiro, que recebe atualmente R$ 2,9 mil por 60 horas, enquanto os profissionais do programa são remunerados com R$ 10 mil, para a realização das mesmas atribuições, com 40 horas. A Fenam reúne 53 sindicatos médicos e representa 400 mil médicos no país.
Em julho, conforme Só Notícias já informou, profissionais de Sorriso e Cuiabá aderiram a paralisação nas Unidades de Saúde e Sistema Único de Saúde (SUS), em função da contratação de médicos no exterior, sem os critérios de avaliação.
Em Sinop, não houve adesão, segundo o delegado do CRM, Frederico Bussolaro, porque a maioria dos médicos não atende pelo sistema público. Atualmente, 80 trabalham nas unidades municipais e estaduais.
Só Notícias