Os profissionais pedem que também seja possível encerrar a vida de pacientes com fortes dores ou que passam por tratamentos que não dão resultado.
A morte só seria autorizada se o paciente tiver manifestado ainda com lucidez o desejo de morrer em caso de doença terminal e após avaliação de uma junta médica, determinando que as possibilidades de cura são remotas.
A atual lei francesa, de 2005, permite a aceleração da morte apenas a pacientes em coma e estado terminal que manifestaram esse desejo de forma lúcida e reiterada. O método mais comum a ser usado é a injeção de opiáceos até que o paciente morra.
A Ordem dos Médicos da França afirma que a ampliação da lei é um "dever de humanidade" para evitar "agonias prolongadas" ou "dores incontroláveis", que não aparecem no texto da legislação. Apesar da defesa da morte assistida, a entidade nega que esteja defendendo a eutanásia.
O documento do conselho médico é divulgado uma semana após mais de 250 médicos enviarem uma carta ao presidente François Hollande em protesto contra as sanções a um médico acusado de envenenar pacientes em estado terminal.
A reprimenda aconteceu mesmo após Hollande ter defendido a assistência à morte durante a campanha que terminou com sua eleição ao Palácio do Eliseu, em maio do ano passado. Apesar de não legalizada, mais de 3.000 pessoas fazem a eutanásia na França por ano, segundo o Instituto Nacional de Estudos Demográficos.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS