Cidades

Médicos ‘cruzam os braços’ na rede pública da capital de MT

Andrea Lobo / arquivo CMT

Na manhã desta segunda-feira (07) os médicos da rede pública de Cuiabá paralisaram suas atividades por tempo indeterminado. A categoria pede a implementação do piso salarial nacional de R$ 12,9 mil, por 20 horas semanais, além disso cobram o pagamento de horas extras já realizadas. A medida foi tomada mesmo após o desembargador Gilberto Giraldelli ter decretado ilegal a greve, ainda no domingo (06).

A presidente do Sindimed-MT disse, por telefone, que a categoria está tentando negociar desde o ano passado. Mas o secretário não quis ouvir as reivindicações e pior ainda cortou bonificações, não pagou horas-extras trabalhadas e não está implantando o Plano de Cargos e Salários dos servidores da área. “Nós vamos fazer uma revolução na saúde da capital. Pois essa é a pior administração dos últimos anos em Cuiabá”, disse a presidente.

A presidente disse ainda que recebeu a notificação judicial, hoje pela manhã, mas que irá recorrer da decisão liminar.

Atualmente a categoria recebe o piso de R$ 3,8 mil mais alguns bônus e horas extras. A greve afeta o Pronto-Socorro de Cuiabá, policlínicas e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em Cuiabá, cerca de 500 médicos trabalham na rede pública.

Decisão

A decisão do desembargador Gilberto Giraldelli, após determinar  ilegalidade preventiva, determinando que a classe "se abstenha da paralisão pretendida", sobe pena de multa de R$ 50 mil por dia, caso haja descumprimento por parte do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT).

A liminar com pedido de antecipação de tutela foi feita pela Prefeitura de Cuiabá, argumentumentando que o Sindimed não tentou negociar antes de declarar greve.

A paralização foi marcada dá após o prefeito Mauro Mendes (PSB) ter cortado 14% do Prêmio Saúde dos profissionais de saúde. Além disso, a categoria reclama das péssimas condições de trabalho na rede municipal, atrasos no pagamento de salários, falta de infraestrutura (falta de medicamentos e de estrutura para exames básicos). 

(Atualizada às 14h)

Enfermeiros de Cuiabá anunciam greve por tempo indeterminado

Decisão judicial proibe greve dos médicos antes mesmo de começar

Paralisações dos médicos tem cunho político, diz secretário

Profissionais buscam valorização da categoria em Mato Grosso

Ulisses Lalio

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