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O médico obstetra J. B. D., foi afastado de suas funções no Hospital São Luiz, em Cáceres (214 km de Cuiabá-MT), após uma paciente e o marido dela o acusarem de ter praticado maus tratos durante um parTO. De acordo com o casal, a atuação do profissional trouxe complicações a mãe e a bebê, que acabou morrendo no último domingo (05).
A direção do hospital, confirmou ao Diário de Cáceres e lamentou o ocorrido no último dia 30 de maio com a paciente e disse que uma sindicância foi aberta pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso.
“Infelizmente tudo levar a crer que a denúncia é verdadeira. É triste, é lastimável”, disse o diretor da unidade, Mario Kaoru. O marido da vítima Rosa Maria Martins Pires, 27, registrou um boletim de ocorrências na Polícia Civil da cidade e fez uma denúncia contra o médico no Ministério Público Estadual.
O caso
A mulher deu entrada na unidade por volta das 09h da manhã para ter o seu parto realizado pelo médico. Às 15h, a paciente fez um exame de ultrassom e foi constatado que ela estava sem líquido amniótico e o bebê realizava movimentos bruscos dentro da barriga. O radiologista indicou que a mulher passasse por uma cessaria.
O médico recusou a realizar o procedimento e disse que a mulher teria parto normal. Segundo a cunhada da vítima, a mulher ficou até às 21h sentindo dores e sendo mantida na unidade a base de soro.
Após 12 horas de ter dado entrada no hospital, a cabeça da criança começou a ser observada. De acordo com o marido, o médico teria empurrado a cabeça da bebê novamente, pois uma enfermeira avisou ao médico que o local não poderia ser sujo de sangue.
Às 23h, a mulher foi encaminhada ao Centro Cirúrgico e teve a sua barriga fortemente pressionada, para forçar a saída da criança. Porém, devido a força usada pelos profissionais que auxiliavam o médico, os pontos de cesariana que a mulher possuía de partos anteriores acabou abrindo, causando hemorragia interna. A mulher foi conduzida as pressas a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A criança que havia recebido o nome de Vitória foi encaminhada a UTI após ser reanimada, mas acabou não resistindo e veio a óbito. O pai ainda relatou no boletim de ocorrências que sua mulher foi agredida verbalmente pelo médico. A Polícia Civil passa a investigar o caso.
Com Diário de Cáceres