Política

Médica vai pedir na Justiça salário do Mais Médicos que teria ido para Cuba

 
Ramona afirma que recebia apenas US$ 400 por mês e outros US$ 600 seriam depositados mensalmente em uma conta em Cuba e entregues aos profissionais somente após o término do contrato com o governo brasileiro. Segundo Ronaldo Caiado, a ação será preparada pela assessoria justiça do DEM e será protocolada na Justiça trabalhista do Pará.
 
A cubana trabalhou pelo programa Mais Médicos na cidade de Pacajá (PA) durante quatro meses. De acordo com o deputado, na ação, Ramona além do ressarcimento, alegará danos morais, sob o argumento de que teve a honra atingida por ter sido "discriminada" em relação aos médicos de outros países.
 
“Essa peça processual está sendo montada. Vai ser dada entrada no fórum do Pará ação trabalhista e também por danos morais para que ela seja ressarcida não só do diferencial de R$ 9 mil reais por mês que ela não recebeu, mas também todos os direitos trabalhistas, como FGTS, e também danos morais”, disse Caiado.
 
De acordo com o parlamentar, se a Justiça deferir o pedido, Ramona receberá pelo menos R$ 36 mil, o equivalente aos R$ 9 mil que ela deixou de obter em quatro meses de atuação no programa Mais Médicos. 
 
O líder do DEM, Mendonça Filho, afirmou que o partido também entrará com uma representação no Ministério Público do Trabalho sugerindo uma ação coletiva para que todos os cubanos contratados para atuar no Brasil possam receber o percentual do salário que teria ido para Cuba.
 
“Vamos pedir que a Procuradoria-Geral do Trabalho patrocine uma ação coletiva a todos os médicos cubanos que estão sendo tratados de forma desigual, desumana e desrespeitosa”, disse.
 
Contrato de trabalho
O deputado Ronaldo Caiado relatou ainda que a Associação Médica Brasileira ofereceu a Ramona Rodriguez um emprego na área administrativa do escritório da entidade em Brasília. Com isso, a médica cubana poderia pleitear um visto de trabalho e permanecer no território.
 
De acordo com o parlamentar, a associação também dará suporte para que a médica possa fazer a prova do Revalida, exame necessário para que médicos formados no exterior trabalhem no Brasil.
 
“A Associação Médica Brasileira, por intermédio de seu presidente, acabou de falar conosco  que a AMB vai contratá-la no seu escritório de Brasília. Ela será funcionária da AMB. A entidade dará a ela todo apoio para que ela, inicialmente em um trabalho administrativo, possa fazer a prova do Revalida para que ela possa posteriormente exercer a profissão aqui”, afirmou.
 
G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões