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Médica que atropelou verdureiro estava a 30 km/h e não freou, aponta laudo

O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), divulgado nesta terça-feira (05), sobre o caso da médica Leticia Bortolini, 37, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lucio Maia, 48, na noite de 14 de abril na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá-MT, aponta que a acusada conduzia o veículo Fiat Jeep Compass a uma velocidade entre 30 e 40 km/h e em nenhum momento freou para evitar o acidente que tirou a vida do verdureiro.

De acordo com o laudo, as conclusões foram feitas após análise da cena do crime e também perícia no veículo da médica. De acordo com os técnicos não foi encontrado nenhum defeito no automóvel ou pane mecânica que pudesse ter ocasionado o acidente.

A ausência nas marcas de frenagem também expõe que a condutora não optou por evitar o acidente, “não esboçou qualquer tipo de reação no sentido de tentar evitar a ocorrência do evento, seja porque realmente não teve tempo hábil de reagir ou porque, tendo condições de reagir, deliberadamente não o fez”, diz trecho do laudo.

O inquérito que ainda não foi concluído e é presidido pelo delegado Christian Cabral, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), que relatou que já foi constatado que Letícia não estava embriagada no momento do acidente, porém acredita que diferente do que aponta o laudo, a médica estaria conduzindo o veículo muito acima do que indica o documento feito pela Politec.

Em imagens divulgadas do momento do acidente, aparentemente aparece o veículo em alta velocidade atropelando o verdureiro.

Médica vai para SP

A acusada de atropelar, matar e negar socorro ao verdureiro Francisco, Letícia poderá viajar a São Paulo uma vez por mês. A determinação foi dada pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso na tarde desta terça-feira (05) e revoga duas medidas impostas à ré. Ela está em prisão domiciliar desde 23 de abril.

O desembargador Orlando Perri foi o relator destes processos. Ele permitiu que Letícia viajasse à capital paulista para cumprir um curso de especialização médica. Os desembargadores Paulo da Cunha e Marcos Machado seguiram de forma unânime o entendimento do colega para conceder a medida à Letícia.

O caso

Letícia estava com o marido também médico, Aritony de Alencar,, quando em determinado trecho da Avenida Miguel Sutil em Cuiabá, a médica acabou atropelando o vendedor de frutas e verduras Francisco Lucio Maia, que morreu no local do acidente. A médica e seu marido, fugiram sem prestar socorro e realizar atendimento a vítima, mas fora seguidos por uma terceira pessoa que viu o casal entrando em um condomínio de luxo no bairro Jardim Itália.

A testemunha comunicou a polícia que esteve no local apreendeu o veículo com os sinais do acidente e conduziu o casal até a delegacia. Letícia e Aritony se recusaram a fazer o teste do bafômetro, mas a polícia confirmou que os dois apresentavam sinais explicítos e odor de embriaguez.

Verdureiro morto ao ser atropelado pela médica
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