Política

Medeiros pede que CPI convoque direção da Globo para esclarecer reportagem

O deputado federal José Medeiros (PODE-MT) protocolou um pedido na CPI das Fake News para que a direção de jornalismo da Rede Globo seja convocada para dar esclarecimentos da matéria vinculada pelo Jornal Nacional sobre o caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL). O requerimento é estendido ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Em post do início da tarde de hoje (31) no Twitter, Medeiros cita Roberto Marinho, diretor-presidente da Globo, Carlos  Schroder, diretor-geral, Ali Kamel, diretor-geral de jornalismo, William Bonner, editor e apresentador do JN, como os nomes a serem convidados pela comissão.

“O que vimos essa semana contra @jairbolsonaro foi a gota d'água. Protocolamos pedido para convocação do Roberto Marinho; Ali Kamel – Diretor-Geral de Jornalismo; Carlos Henrique Schroder – Diretor-Geral, Wilson Witzel – governador do Rio de Janeiro, e William Bonner”.

No pedido protocolado na CPI Mista, nesta quarta-feira (30), o parlamentar menciona a sujeição da apuração das informações às falhas humanas, dando ênfase à matéria, exibida na última terça-feira, que implica o presidente da República, Jair Bolsonaro, no assassinato de Marielle.

“Certos de que o bom jornalismo produzido pela Rede Globo não é impermeável às falhas humanas convidamos os senhores para detalharem os métodos com os quais produzem suas notícias jornalísticas, em especial em relação à matéria veiculada na noite do dia 29 de outubro de 2019 sobre a suposta relação entre os assassinos de vereadora Marielle Franco e o presidente Jair Bolsonaro”.

Ontem, a promotora Simone Sibilio, do Ministério Público do Rio de Janeiro, disse que o porteiro do condomínio onde mora Bolsonaro e ouvido pela reportagem da Globo deu informação falsa ao envolvê-lo com um dos acusados de matar a vereadora.

O porteiro sustenta que, ao interfonar para a casa, recebeu do “seu Jair” permissão para a entrada do carro no local. O veículo, porém, se dirigiu à casa 65, onde morava Ronnie Lessa  – também preso, sob a acusação de ter feito os disparos contra a vereadora e o motorista.

Segundo o MP, embora a planilha de controle de entradas e saídas preenchida pelo porteiro faça menção à casa de Bolsonaro, o cruzamento de gravações do condomínio mostrou que o contato feito pela portaria foi com a casa 65. A voz do homem que atendeu o interfone foi identificada pelos peritos como sendo a de Lessa, a partir de uma comparação com registros feitos em depoimentos à Polícia Civil do Rio. 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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