Muitos de nossos leitores conheceram ou já ouviram falar na pequena capela da Medalha Milagrosa situada em Paris, na estreita e quase calada Rue du Bac. Aquela capela, restrita e centenária, viu acontecer uma das mais belas e conhecidas histórias do catolicismo até hoje. Conta-se que em um 27 de novembro, a noviça Catarina de Labouré, enquanto meditava na capela, teve uma visão esplendida e luminosa: a Virgem Maria, sentada em uma poltrona que estava dentro da capela, a chamava para lhe passar instruções preciosas aos homens daquele século. Catarina nem sequer havia percebido a aproximação da aparição; apenas notou que estava acompanhada quando ouviu um som de tecido roçando em algo dentro do espaço e dirigiu seu olhar em direção ao som que era causado pela aparição. Assustada, a jovem noviça pôs-se a ouvir o que lhe dizia a bela mulher que via a sua frente, mais tarde ela diria “… Fez me compreender o quanto é doce invocar a Santíssima Virgem, o quanto Ela é generosa com as pessoas que a invocam, quantas graças Ela concede às pessoas que a procuram e que alegria Ela sente em concedê-las. Naquele momento eu era e não era… Estava exultante. E então começou a se formar ao redor da Santíssima Virgem um quadro um tanto oval, sobre o qual, no alto, numa espécie de semicírculo, da mão direita para a esquerda de Maria se liam estas palavras, escritas com letras de ouro: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. A bela mulher pediu a Catarina que mandasse cunhar uma medalha seguindo o modelo daquilo que ela via a sua frente, ela lhe teria dito “...Mande cunhar uma medalha conforme este modelo; todas as pessoas que a carregarem, receberão grandes graças; leve-a principalmente no pescoço. “As graças serão abundantes para as pessoas que a carregarem com confiança”. Um detalhe curioso a respeito da visão tida por Catarina é que a mesma notou que havia pedras preciosas presentes nas vestimentas da Virgem entre as quais algumas que não emitiam raios, não brilhavam e, quanto observava esse detalhe, ouviu a voz da Virgem Maria que dizia: “As pedras preciosas das quais não saem raios são símbolo das graças que não me foram pedidas por esquecimento”. O pedido da Virgem não se tornou uma daquelas pedras sem brilho pois seu pedido fora atendido 2 anos depois, em 1832, e a primeira pessoa a receber a medalha foi exatamente Catarina , a qual, logo que a teve entre as mãos, a beijou várias vezes com afeto e disse: “Agora é preciso difundi-la”.
A Medalha, num certo sentido, se propagou por si. As graças e os milagres, obtidos seja em benefício das almas, seja em benefício dos corpos, foram tantos e tão evidentes que, em pouco tempo, a Medalha foi chamada de “milagrosa” e é esse o nome que instintivamente foi dada a ela “Medalha Milagrosa”, você já tem a sua? ,