Política

Meça as pessoas com uma régua que não seja a sua, diz juíza a Silval

Foto Ahmad Jarrah

Com Cintia Borges/ Cátia Alves

Continua na tarde desta quarta-feira (31) como Audiências de Instrução e Julgamento da 2ª fase da Operação Sodoma. A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da vara contra o crime, ouviu o filho do ex-governador Rodrigo Barbosa, o ex-governador Silval Barbosa e o Proprietário de uma gráfica Evandro Gustavo Pontes Da Silva.

Confira detalhes dos depoimentos

18h – Karla confirma que emitia notas fiscais a pedido de Pedro Nadaf e confessa que emitiu várias no valor de R$ 33 mil reais para a empresa Tractor Parts, mas não sabia do que se tratava. Ela nega conhecer Paulo Mischur, Fábio Formiga, Júlio Minorio, Walace e nem as empresas Webtech e Zetra.Trabalhou de 2001 a 2015 como secretária de Nadaf.

Karla diz que desconfiava que as notas seriam algo ilícito, mas que Nadaf nunca falou nada.

17h40 – Inicia o depoimento de secretaria de Pedro Nadaf, Karla Cecília de Oliveira Cintra, acusada de ser usada para lavar de dinheiro.

17h10 – Chega ao fim o depoimento de Silval. 

Ao sair da sala da juíza, o ex-governador declara a imprensa que “É um processo complexo e marcado por mentiras. Essas pessoas que vieram aqui [no Fórum] e assumiram que cometeram um crime dentro do Governo, estão todas em liberdade. Eu queria dizer a essas pessoas, que não envolva pessoas que não tem nada a ver com isso como meu filho. Confessaram sobre esse Cira. Um órgão que foi criado para me investigar. Que é um órgão político, para fazer marketing. Porque Pedro Taques era presidente do Cira. Eu sei que estou em um processo muito complexo, e estou tentando mostrar uma série de contradições e mentiras”, finaliza.

17h – Silval pede a juíza para que seja solto. “Eu queria ter a oportunidade de responder ao processo também em liberdade. Me dá um prisão domiciliar. Porque são muitos processos para eu exercer a minha defesa preso. Eu estou há um ano preso. E eu repito: a maioria [das pessoas envolvidas em esquemas de fraude] estão soltas. As pessoas vem aqui, confessam do jeito que quer, e são vão para casa…”. 

Nesse momento a juiza Selma Arruda, o interrompe. “O senhor meça as pessoas com uma regua que não seja a sua, porque aqui eu não faço esse tipo de negociação. Que interesse o senhor acha que eu tenho de lhe acusar? [Silval tenta falar] O senhor fica quieto! O senhor está sendo investigado, processado, seus advogados sabem como firmar um acordo de delação. Não vou admitir mais que o senhor acuse o juízo de estar negociando com réus, e não tem obrigação nenhuma de colaborar com ninguém”.

Silval pede desculpas.

16h20 – “Mischur é que promoveu contratos fraudulentos”, diz Silval sobre à empresa Consignum. O ex-governador alega que não tem conhecimento sobre propina relacionada as empresas Consignum, Zetra Soft e WebTech.

16h15 –  Silval é interrogado sobre a compra do terreno de R$13 milhões, alvo da investigação da II dase da Sodoma, por parte de Cesar Zilio e Paulo Mischur. “Cesar Zilio envolveu o pai depois de morto. Seu Wiliam [Mischur] vem aqui, fala que é um homem muito bem estruturado assina por duas ou três vezes a compra de terreno junto com um homem morto. O Cesar não tem escrúpulo nenhum. Em memória do pai dele, assinar um contrato sabendo que o pai tá morto. Um cara que faz isso tem coragem de tudo na vida”

16h10 – Silval é interrogado sobre uma possível ameaça que Nadaf teria sofrido de Silvio [Correa – ex-chefe de gabinete de Silval]. “No presídio? Nunca eu ouvi falar de desavenças dos dois”. Contudo Silval afirma que Nadaf tem desavenças diárias com os agentes penitenciários.

16h05 – Silval desmente declaração de Riva, em que afirma que Riva tivesse contestado a nomeação de Pedro Elias na Secretaria de Administração. “Esse processo é marcado por contradições. As pessoas usam meu nome e do meu filho para sair da cadeia”, afirma.

16h – Silval é indagado sobre as declarações de Pedro Nadaf de ter recebido propina, e repassado para Rodrigo Barbosa (filho de Silval). Em uma das declarações, Nadaf afirmou que Silval teria pedido a Rodrigo para pegar uma quantia em dinheiro dentro do closet do gabinete do então governador. “Nunca guardei dinheiro dentro do gabinete”, diz Silval.

15h52 – Ao Ministério Público, Silval alega: “Eu não tenho nada o que falar do Marcel [Cursi]”

15h50 –  “Nunca se fez tanta obra em um período tão curto, quanto no meu governo”, respondeu Silval à defesa de Marcel. 

15h 20 – Silval Barbosa diz que as acusações do Pedro Nadaf sobre a entrega de propina para o filho não procedem. “Tem cabimento eu chegar com um pacote de dinheiro e entregar pro Rodrigo, toma aqui esse dinheiro de propina”. Segundo ele, na prisão também ouviu o depoimento de José Riva afirmando o envolvimento de Rodrigo Barbosa no esquema.

“Eu quero deixar registrado, que eles podem jogar toda a culpa em mim, porque eu padeço nessa cadeia. Quer mentir, minta a vontade. Mas por que colocar meu filho nessa história?”, questionou o ex-governador. 

15h14 – Silval diz que as acusações feitas ligadas ao empresário Mischur são falsas. Ele diz que percebe que Zilio vem fazendo “rolo” com essas dívidas de campanha. Silval afirma que apenas depois de preso vê a estrutura montada por ele. Declarou que “não tem governo que não tem caixa dois”. 

Silval ainda declara que Mischur “não é o inocente que alega ser”, mas que vai discorrer disso durante as interrogações.

15h  – O ex-governador Silval Barbosa Inicia depoimento. Ele nega as acusações, mas diz que irá falar sobre a Sodoma 1, operação pela qual está preso hoje. Silval disse que teve uma oportunidade de ouvir o depoimento de Nadaf na terça-feira (30) e relata dificuldades que tem no presídio para acompanhar a audiência. A juíza contesta quais ações ele tem feito para ter acesso ao depoimento de outros réus e orienta para que ele não tente contrapor interrogatório de ninguém.

14h10  – O ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães começa a depor. Ele nega que tenha recebido do prefeito R$ 1 Milhão em propina para campanha eleitoral. “Não procede, eu nunca tiva participação efetiva em nada”. Walace nega ter levado gráficas a forjar contrato com o Estado.

13h20 – O filho do Silval Barbosa, Rodrigo Barbosa, abre os depoimentos nesta tarde de quarta-feira (31). Rodrigo negou todas as acusações que pesam sobre ele no processo da Operação Sodoma. “Eu não imaginava que tivessem tantas denuncias contra mim”. Rodrigo afirma que não conhece João Batista Rosa, proprietário da Danimarca Tractor Parts.

Ele acredita que o motivo das imputações que são feitas contra ele por parte de Pedro Nadaf e José Riva  seria “Porque um quer ser solto e o outro porque não quer ser preso novamente”. Rodrigo disse também que não autorizou os empresários Willians Paulo Mischur da Empresa Consignum e Júlio Minori da Web Tecnologia a utilizarem seu nome para cobrar propina.

Alegou ainda que não tratou dos assuntos que são imputados a ele na denúncia com o Marcel de Cursi, como exigencia de propina, lavagem de dinheiro e outros que constam na denúncia. Tambem disse que não teve envolvimento algum com o Sílvio. 

Rodrigo Barbosa confirmou que conheceu Pedro Elias em 2009, época em que era Secretário municipal de Administração de Várzea Grande. Ele Terioa o convidado para ajudar na campanha do pai em 2010. Após esse período foi convidado a fazer parte do Governo.

Valquiria Castil

About Author

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões