Sou filho de uma geração que destruiu, no último século, mais que a humanidade inteira tinha destruído em milhares e milhares de anos. Não que seja minha culpa. Mas infelizmente uma baleia Fin não tem inteligência suficiente para se defender. Mico-leão-dourado às vezes não é tão rápido quanto o fogo. Às vezes as águas afogam a vida. E a grande maioria da destruição não vem por ordem divina. Temos de disseminar essa consciência para que deixemos de ser a gota levada pelo passarinho para apagar o incêndio na floresta. E isso se transfere para todas as vertentes da nossa putrefata, obsoleta e invariavelmente coronelista sociedade brasileira. Infelizmente, para isso, apenas palavras não bastam. Temos de agir. Estudar, aprender, executar, entender, prosperar, ajudar. E na hora de votar, temos chance de provar que utopia não é um sonho impossível. E sim um futuro realizável. Que não sejamos mais obrigados a tolerar coreografias mal ensaiadas, colocando os cidadãos de bem, como marionetes com a mesma inteligência que uma pedra. Esse é o nosso maior paradigma. Que pena.