A justificativa de membros do MCCE é que o edital, por eles classificado como “malfadado” contém uma série de riscos que podem levantar a suspeita de que a “escolha pública somente foi deflagrada para legitimar um ‘trem da alegria’ liderado pelos 'operosos' deputados estaduais”.
O Movimento critica o curto prazo de inscrições (20 a 26 de julho) e também o fato de elas serem feitas exclusivamente pela internet. O MCCE também contesta que, mesmo tendo vaga para o cargo de procurador legislativo, a AL ignorou a existência de lei que exige que os processos seletivos de escolha de advogados, tenha a participação da OAB na elaboração do concurso e em todas as suas fases.
A entidade declara que há quase 20 anos sem realizar um concurso público, a AL agora "o faz de forma indiscriminada e sem seguir as leis estipuladas no país".
Ainda na representação que será entregue ao MPE, a entidade classifica a banca escolhida para elaborar o concurso, a IDP Concursos, como “suspeita”, já que o site da instituição na internet revela que sua finalidade não é aplicar provas de concursos públicos. “Logo, o candidato que for se sujeitar às provas do concurso público da AL/MT será “cobaia” do Instituto Brasiliense de Direito Público que não tem a menor experiência no ramo”, diz trecho do documento.
Diante dessas e outras alegações, o MCCE pede que seja instaurado em caráter de urgência um inquérito civil público, para os ajustes de interesse da cidadania. “Pedimos a impugnação do edital pela via ministerial, além da substituição da banca e realização de alterações, por fundadas razões”.
O MCCE ainda ressalta o fato de que em julho do ano passado, a entidade constatou a existência de pelo menos 1.763 servidores sem concurso na AL. A representação da do MCCE sugere que “esteja em curso um ‘trem da alegria’. Tudo para legitimar e legalizar a situação de alguns apadrinhados, cujos nomes se saberá ao final do concurso público”.