O deputado estadual Max Russi (PSB) é o novo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A sessão que elegeu o peessebista para comandar a Casa de Leis até 2023 ocorreu na noite desta terça-feira (23). A chapa liderada por Russi tinha sido a única a se inscrever para o pleito e foi escolhido com maioria absoluta dos votos (sendo 20 votos a favor, dois em branco e um contrário).
Em seu primeiro discurso como presidente da ALMT, Russi destacou a satisfação de assumir o posto e garantiu empenho no trabalho para atender à população. “Confesso que hoje é um dia feliz da minha vida. Tinha esse sonho, mas não esperava ser presidente nesse biênio”, observou.
“Sou um homem abençoado. Faço aquilo que gosto, que é fazer política. A política que resolve. Quero agradecer a oportunidade e pedir para que Deus me dê sabedoria, que eu possa tomar as decisões para o bem do próximo”, complementou o novo presidente.
Além de Max Russi na presidência, a nova Mesa Diretora da ALMT será composta pelos deputados Dilmar Dal Bosco (DEM), na 1ª vice-presidência, Wilson Santos (PSDB), na 2ª vice-presidência, Eduardo Botelho (DEM), na 1ª secretaria, Janaina Riva (MDB), na 2ª secretaria, Delegado Claudinei Lopes (PSL), na 3ª secretaria e Allan Kardec (PDT), na 4ª secretaria.
STF anulou vitória de Botelho
Na segunda-feira (22), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Rede Sustentabilidade e suspendeu o último pleito realizado, que terminou com a vitória do deputado Eduardo Botelho.
A Corte entendeu que o democrata, que estava exercendo o seu terceiro mandato consecutivo à frente da ALMT, não poderia ser reconduzido ao cargo.
Além dele, todos os outros membros da Mesa Diretora que já tinham ocupado as mesmas funções nos biênios de 2017-18 e 2019-20 foram destituídos das funções.
Sem recursos
Mesmo com a decisão desfavorável, Eduardo Botelho informou, por meio da sua assessoria, que não iria recorrer da determinação judicial. Ele se disse ‘tranquilo’ com o entendimento do STF e que ‘cumpriu a sua missão’ à frente da Assembleia. “Tenho certeza que muitas mudanças aconteceram para melhor”, disse o democrata.
Ação Direta de Inconstitucionalidade
A Rede Sustentabilidade foi quem ajuizou a ADI 6674, com pedido de liminar, contra norma da Constituição do Estado de Mato Grosso que autorizou a recondução de Botelho à frente da Assembleia Legislativa.
O partido pediu que o dispositivo fosse interpretado de forma que a recondução seja vedada dentro da mesma legislatura ou em legislaturas diferentes.
A Rede também argumentou que o STF já tinha se manifestado pela impossibilidade de recondução dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura.
Uma legislatura corresponde a quatro anos, e, durante esse período, são realizadas duas eleições para a mesa das casas legislativas estaduais e federais.
Segundo o partido, Eduardo Botelho teria sido eleito, em 1º de fevereiro, de forma ilegal, para exercer o terceiro mandato consecutivo.