O secretário de Trabalho e Assistência Social, Max Russi (PSB), assume nesta segunda-feira (2) a Casa Civil. José Rodolpho Vieira, que era adjunto de Paulo Taques, deixa o cargo em meio a implicações em casos de grampos telefônicos supostamente coordenados pela Polícia Militar no Palácio Paiaguás.
Russi disse que foi convidado para ocupar o cargo mais alto no secretariado estadual pelo governador Pedro Taques (PSDB) neste domingo (1º). Segundo ele, o governador afirmou que “mudanças profundas” serão realizadas no staff do Executivo.
“O governador me convidou ontem [domingo]. Disse que decidiu fazer mudanças e me pediu para assumir, mas não aprofundou que mudanças seriam essas, mas serão muitas”.
Russi até março de 2018, quando volta para a Assembleia Legislativa para preparar candidatura à reeleição a deputado estadual.
José Adolpho assumiu a Casa Civil em maio após a saída de Paulo Taques, primo do governador, para investigar os casos de grampos telefônicos envolvendo políticos, juízes, empresários e jornalistas.
O ex-secretário é citado em investigações como um dos chefes do esquema de grampos telefônicos, com manobras para incluir números de pessoas sem suspeitas policiais em casos investigados em segredo em Mato Grosso.
José Adolpho Vieira é investigado pela Polícia Civil por suposta participação na fraude do protocolo do ofício que denunciou o esquema de grampos. A investigação é conduzida pela delegada Ana Cristina Feldner.