Política

Mauro Mendes recebe críticas de todos os outros candidatos em debate

O debate entre os candidatos ao Governo do Estado realizado na noite de domingo pela TV Mais (Canal 17), como a maioria, aliás, não apresentou muitas propostas. Todos os presentes — Mauro Mendes (DEM), líder nas pesquisas, não estava entre estes — decidiram atacar quem faltou ao encontro.

Mas não presença física do ex-prefeito de Cuiabá, não impediu que o nome dele fosse proferido de maneira não muito elogiosa várias vezes pelos demais postulantes ao Palácio Paiaguás. Especialmente pelo atual ocupante da cadeira número 1, Pedro Taques (PSDB). Ele fazia questão de a cada oportunidade lembrar que Mauro Mendes está apoiado pelo MDB, partido e grupo dos ex-governadores Carlos Bezerra e Silval Barbosa.

Sem citar diretamente, mas deixando claro de quem se tratava, também falou de forças antigas e de atraso no Estado, referindo-se ao também ex-governador Jayme Campos e chamou pra briga republicana, dizendo que queria discutir “a questão Unemat”. Aproveitou para acusar que “aliados do Mauro Mendes defendem redução de recursos e privatização da Unemat”.

Espécie de coadjuvante cordial, o candidato da Rede, Arthur Nogueira, foi o bom moço de sempre. Não atacou muito a ninguém e resumiu-se ao “pretendo defender o cidadão e não grupos econômicos”, lembrando que tanto o grupo de Taques quanto o de Mauro Mendes e Wellington Fagundes são ligados ao agronegócio e grande empresariado. Pelo mesmo rumo foi o candidato do Psol, Moises Franz.

Terceira força na disputa, Wellington Fagundes (PR) fingiu levantar bolas para que Taques arrematasse contra Mauro Mendes, como quando lembrou a “traição” e ou “abandono” de Pedro Taques pelo grupo que hoje apoia os ex-prefeitos de Cuiabá e Lucas do Rio Verde (o vice, Otaviano Pivetta).  Mas era armadilha, pois Fagundes citou o sempre utilizado discurso de Taques contra a corrupção jogando na roda de conversa que vários secretários da gestão Mauro na prefeitura foram utilizados quando ele assumiu o governo do Estado, em 2014.

O candidato à reeleição atribuiu o isolamento e distanciamento de ex-aliados ao fato destes “quererem mandar” no governo dele. “Podem me acusar de tudo, mas não sou ladrão, não sou vaquinha de presépio. O fato de alguém ter sido secretário do candidato Mauro não coloca carimbo na testa da pessoa, que não indicou nenhuma pessoa no meu Governo”, esbravejou.

E completou lembrando que Wellington Fagundes participou ativamente do governo de Silval Barbosa. “Se fosse assim, o senhor teria a marca de Silval Barbosa, porque apoiou e participou, inclusive indicando o secretário da Sinfra”, disparou.

Wellington replicou que sempre foi “legítima oposição” por jamais ter participado da gestão Pedro Taques, mesmo colaborando com ações dele quando no Senado. “Apoiei todos os governos trazendo recursos para que Mato Grosso recebesse investimentos. No seu governo, ajudei trazendo os recursos do FEX”, alegou.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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