O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou, nesta terça-feira (19), que pretende fazer um empréstimo de 100 milhões de dólares com o Banco Mundial, para investir o montante exclusivamente em educação pública. Segundo ele, atualmente a proposta ainda está em momento técnico, para depois ser levada para apreciação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
“O Governo está trabalhando […] em um programa de financiamento junto com o Banco Mundial, que veio nos oferecer. Não vamos pedir isso ao Banco Mundial, ele veio nos oferecer, porque desde que os senhores aprovaram – nós fizemos no início de 2019 aquela reorganização das dívidas do banco Bank of America, e trocamos para o Banco Mundial, alongando e diminuindo os juros, o banco passou a acompanhar as contas de Mato Grosso – e por ter percebido que o estado de Mato Grosso fez uma das mais importantes – nas palavra deles – programas de recuperação fiscal que eles já viram no Brasil, eles apresentaram para nós oportunidades de novos financiamentos”, afirmou o governador, em evento no Palácio Paiaguás.
“Nós estamos inovando. Pela primeira vez na história, estamos trabalhando tecnicamente por enquanto até chegar o momento de nós pedirmos aprovação da Assembleia, tenho certeza que os senhores deputados irão apreciar e aprovar. Estamos pedindo U$S 100 milhões para investir exclusivamente na educação pública do estado de Mato Grosso. Serão mais de 500 milhões de reais”, completou.
O chefe do executivo não detalhou onde será aplicado o dinheiro do empréstimo, mas informou que seu objetivo é ter educação de qualidade, aos moldes do que acontecia antigamente. “Eu cresci, e muitos de nós aqui crescemos ouvindo aquela frase tão conhecida: o futuro do Brasil passa pela educação. Eu sou filho, como muitos de nós aqui, da escola pública. Mas a impressão que eu tenho é de que muitas regiões, em muitos lugares a escola pública perdeu importância, qualidade nas últimas décadas”, lamentou.
Mauro também comentou o fato de as escolas estarem fechadas até agora, enquanto outros setores funcionam normalmente. “Esses dias eu vi um noticiário internacional falando que Portugal tinha fechado todas as atividades econômicas, um verdadeiro lockdown, o que ficou aberto? Só educação. No Brasil está tudo funcionando, menos a educação. Olha que revelador é para todos nós fazer essa comparação. Em Portugal, nossos patrícios, mandaram fechar todas as atividades econômicas. Não tem ninguém na rua, não tem nada funcionando. E as escolas estão funcionando. […] Então nós precisamos realmente, na prática, começar a mudar essa forma como nós nos relacionamos com a educação no nosso país”, finalizou.