O governador Mauro Mendes disse que a França quer “desfazer ruídos” gerados pela crise de incêndio na floresta amazônica. Ele participou de reunião, nesta sexta-feira (13), com o embaixador francês no Brasil, Michel Miraillet, e disse que houve busca de alternativas para as diferenças nacionais.
“Pra mim ficou bastante claro que o grande o objetivo de França é desfazer qualquer mal-entendido desta comunicação que aconteceu com vários, vários fatos indesejáveis, na boa relação que sempre existiu entre a França e o Brasil. Ele, como embaixador, colocou o interesse do governo francês mantermos esse relacionamento”.
Estados que compõem a floresta amazônica participaram de reunião com os embaixadores dos Países que contribuem para o Fundo Amazônia. Além da França, Noruega, Alemanha e Reino Unido. Conforme Mauro Mendes, o objetivo foi acertar acordos para reduzir a burocracia na transferência de recursos diretamente aos Estados.
“Nós queremos que o Fundo Amazônia funcione efetivamente, e que o dinheiro que tem lá e outros podem ser alocados cheguem efetivamente até à Amazônia, aos lugares onde devem a floresta deve ser preservada”.
O governador disse, no entanto, que não há intenção de ser criar um novo fundo, ao qual os Estados financiados teriam menos burocracia de acesso. Ele criticou a morosidade no trânsito interno do recurso da União para as unidades federativas.
“Já que tem o Fundo Amazônia, é muito mais fácil depositar dinheiro nele. Agora, a maior lição de casa é fazer o Fundo Amazônia funcionar e fazer o dinheiro chegar, efetivamente, para produzir resultado para o qual o fundo foi concebido”.
A reunião entre os Países ocorre poucos dias antes do encontro da ONU em Nova York, onde se aguarda o discurso do presidente da Jair Bolsonaro sobre a situação das queimadas na floresta amazônica. Até o momento, ele criou maior atrito com o presidente, Emmanuel Macron. Seu posicionamento também levou a Alemanha e a Noruega a suspender contribuições para o fundo.