Política

Mauro Mendes deve anunciar fim da CAB nesta segunda-feira

Foto Tchelo Figueiredo

O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), anuncia na tarde desta segunda-feira (28) os novos administradores da empresa de água e esgoto, CAB Cuiabá, hoje administrada pela CAB Ambiental e a Galvão Engenharia. Desde Maio a administração da concessionária está nas mãos do Executivo.

Ao que tudo indica, o prefeito deve passar a administração para os bancos credores da CAB Cuiabá, como o Banco Votorantin, Bradesco e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Isso porque, caso a prefeitura decrete caducidade do contrato com a CAB Cuiabá, e assuma a administração da concessionária deverá investir recursos públicos na gestão. De acordo com o prefeito, a Capital não possui recursos suficiente para investir na qualidade de água e tratamento de esgoto de Cuiabá. O prefeito estima que a Capital precise de um investimento de R$ 1,4 bilhão nos próximos sete anos.

Contudo, a prefeitura fez exigências pesadas para que esses credores assumam o serviço de saneamento. “Essas exigências preservam o interesse público. São exigências de investimento no curto prazo; de seguro garantia, para que aquilo que foi pactuado seja cumprido. De multas mais pesadas para descumprimentos intermediários. E uma série de outras modificações. O contrato lá atrás era muito favorável à concessionária, e não ao poder público”, explica o prefeito.  

Melhorias nos serviços

EM relatório apresentado na última quinta-feira (24) pelo prefeito Mauro Mendes e pelo interventor da CAB Cuiabá, Marcelo Oliveira, demonstrou o resgate obtido pela concessionária após os seis meses de intervenção. 

Comparando os períodos entre os meses de janeiro a abril de 2016, antes da intervenção, e de maio, quando teve início a ação, até novembro, foi constatado um aumento na fatura e na arrecadação da CAB Cuiabá.

No primeiro período o faturamento da companhia foi de R$ 62 milhões, números que saltaram para R$ 109 milhões após a intervenção. Já a arrecadação pulou de R$ 51 milhões, entre janeiro e abril, para R$ 103 milhões, do mês de maio até novembro.

Conforme o relatório, o desempenho da intervenção promoveu melhorias também na receita operacional líquida, no lucro bruto e baixa nos prejuízos acumulados. “O desempenho é reflexo das medidas adotadas e foi tão expressivo, que contribuiu significativamente para o resultado do trimestre da maior acionista, a CAB Ambiental. Em resumo, a CAB Cuiabá resgatou a CAB Ambiental”, afirmou Marcelo.

Cintia Borges

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