O governador Mauro Mendes (DEM) disse nesta terça-feira (20) que o rebaixamento da nota de Cuiabá de B e C indica a necessidade de um projeto alternativo para a administração da capital. Ele avalia que Cuiabá fica em uma situação de vulnerabilidade econômica, com chances de restrição a empréstimo e perda de investimentos.
“Isso é muito ruim para Cuiabá, perde a capacidade de investimento, de contratar novos empréstimos, traz consequências muito danosas pra população. O DEM tem responsabilidade de construir novas alternativas, porque vejo que do jeito que está me preocupa muito”.
O rebaixamento da confiabilidade de Cuiabá foi determinado pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional) via a análise da capacidade de pagamento (Capag), referente ao comportamento orçamentário deste ano. Conforme o órgão, o espaço entre a receita corrente e o nível de dívida do município estreitou, indicando perda de capacidade de aumento das dívidas obrigatórias, o que está relacionado à capacidade de pagamento.
Vale lembrar que a Cuiabá já teve dois empréstimos aprovados, desde 2017, pela Câmara de Cuiabá, em torno de R$ 400 milhões cada um. O primeiro, em negociação com instituição internacional, está travado.
Durante a gestão de Mauro Mendes, Cuiabá manteve-se com a nota B, considerada um estado financeiro saudável. Hoje, ao comentar o assunto, Mauro Mendes usou cunho político para criticar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre eventual candidatura de reeleição.
“Eu entreguei a Prefeitura de Cuiabá com nota B, que é uma avaliação de gestão financeira, e o Tesouro Nacional já avaliou com C agora, depois de dois anos da atual administração”.
Emanuel Pinheiro e alguns democratas estão relação de choque e afago desde o início das especulações sobre candidaturas para 2020, no primeiro semestre. O emedebista diz ter apoio de líderes, como os irmãos Jayme e Júlio Campos e do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, enquanto outros nomes de peso, como o próprio governador e o presidente da sigla, Fábio Garcia mostram resistência e até como descartada a hipótese de aliança.