O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a criticar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por conta da condução das finanças da Capital.
Segundo ele, após três anos e oito meses de gestão, o emedebista deixou a cidade “quebrada” e a Prefeitura com as "finanças corrompidas”.
“Temos que ajudar a mudar para melhor essa história recente de Cuiabá, que na minha opinião piorou muito em relação as contas da Prefeitura. Ela está quebrada, deve para Deus e todo mundo”, disse ele à imprensa, na noite de quarta-feira (3).
“Existe investigações e eu espero que Cuiabá encontre seu caminho. E falo isso com dor no coração, porque fui prefeito, trabalhei muito e deixei ela com dinheiro em caixa, com saldo financeiro na conta. Lamentavelmente, depois de quatro anos tudo isso foi destruído. Ela, hoje, está totalmente detonada, com finanças corrompidas”, acrescentou.
O democrata lembrou que a Secretária do Tesouro Nacional (STN) suspendeu a nota que mede a capacidade de pagamento (Capag) de Cuiabá em 2020.
A suspensão ocorreu após denúncia encaminha pelo vereador Marcelo Bussiki (DEM), sobre uma suposta “maquiagem” na contabilidade municipal. Segundo Bussiki, Emanuel tentou burlar regras para criar a "falsa ideia de normalidade fiscal" e assim poder contrair empréstimos.
Mauro lembrou que a denúncia de Bussiki culminou em uma investigação no Ministério Público Estado e também no Tribunal de Contas.
“Tem investigação sobre falsificação de balanço. Isso está lá, foi noticiado. A Secretaria do Tesouro Nacional suspendeu o 'rating' da Prefeitura de Cuiabá por indícios de falsificação dos documentos contábeis”, acrescentou.
Processos parados
O governador ainda criticou a atuação do Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e do Ministério Público Estadual referente as condutas de Emanuel.
Para Mendes, é preciso explicar as razões de investigações contra o prefeito estarem paradas.
“Todo organismo de combate à corrupção tem que atuar. A Deccor tem que dizer o porquê alguns processos estão parados. Cadê aquela denúncia do Wilson Santos que está lá, na época da eleição? O que aconteceu, que nada aconteceu?”, questionou Mendes em relação ao caso Caramuru, sobre um esquema de pagamento de propina da empresa Caramuru Alimentos S/A a agentes de tributos da Sefaz.
“Tem que puxar a orelha da Deccor, também. Tem que puxar a orelha de quem é devido. Ministério Público puxa orelha de todo mundo. Mas o que o MPE fez sobre esse assunto?", completou.