O governador Mauro Mendes (União) mais uma vez demonstrou seu posicionamento contrário ao monitoramento do trabalho policial, por meio de fardas. Desta vez, ele citou um estudo que aponta o número de integrantes de um das mais numerosas organizações criminosas no Estado, que por sua vez chegam a ser superiores à rodo o efetivo policial de Mato Grosso.
‘Eu tive a oportunidade de receber uma apresentação da nossa área de segurança falando também de organizações criminosas aqui do Estado de Mato Grosso. Só como exemplo, só uma organização criminosa tem 20 mil pessoas cadastradas. Todas as nossas forças de segurança chegam a 15 mil pessoas. Enquanto alguns defendem câmeras nos nossos policiais, para que ele chegue ‘Por favor, senhor cidadão, o senhor está aí cometendo um crime, por favor, por gentileza levante as mãos, vire de costas. Eu posso colocar algemas no senhor?’ Por que senão, ele pode ser processado se for um pouco mais de virilidade no combate a esse crime", aumentou Mendes.
O governador ainda completou afirmando que para ele, muitos políticos têm sido hipócritas quanto a questão e que a sociedade enfrenta um período de inversão de valores.
"Parece-me que há uma inversão de valores nesse país. Hipocrisia, ela domina muitos setores da política. A sociedade que não tem coragem de enxergar o que é óbvio. Estamos perdendo a guerra para o crime e para a criminalidade, nesse país", defendeu Mauro, durante audiência que discute um projeto de lei que trata do 'narcocídio'.
A proposta pretende aumentar à pena para assassinatos relacionados às drogas e é de autoria do senador Jayme Campos (União). O projeto está em tramitação, atualmente, na Câmara Federal.
Já o projeto que prevê a instalação de câmeras nas fardas de policias em Mato Grosso é de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSB) já gerou muitas discussões na Assembleia Legislativa.
