O estado de Mato Grosso foi contemplado com 89 novos profissionais por meio do Programa Mais Médicos, iniciativa do governo federal voltada ao fortalecimento da Atenção Primária à Saúde em regiões de maior vulnerabilidade. Do total, nove médicos foram designados para atuar nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), sendo seis no DSEI Araguaia e três no DSEI Cuiabá, que atendem comunidades indígenas em áreas remotas e de difícil acesso. Os demais médicos irão compor as equipes de Saúde da Família em municípios de todo o estado.
A medida faz parte da nova etapa do programa federal, que selecionou 3.173 profissionais para atuar em 1.618 municípios e 26 DSEIs em todo o Brasil. O processo teve recorde de inscrições, com mais de 45 mil candidatos interessados. Desde o dia 2 de julho, os médicos brasileiros com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) começaram a chegar aos seus locais de atuação. Já os médicos brasileiros formados no exterior iniciarão em agosto um treinamento obrigatório, o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv).
De acordo com o Ministério da Saúde, os profissionais do Mais Médicos são essenciais para agilizar o atendimento e facilitar o acesso da população a serviços especializados do Sistema Único de Saúde (SUS). “São mais de 3 mil profissionais que iniciam suas atividades, qualificando o atendimento na atenção primária e reduzindo o tempo de espera”, afirmou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço. O programa também oferece oportunidades de formação em Medicina de Família e Comunidade e mestrado profissional em Saúde da Família.
A distribuição das vagas levou em conta o levantamento “Demografia Médica 2025”, que identificou as regiões com menor cobertura médica no país. Com foco nas áreas de maior vulnerabilidade, 75,1% das vagas foram direcionadas a municípios de pequeno porte. Atualmente, o Mais Médicos atende mais de 63 milhões de brasileiros, com cerca de 24,7 mil profissionais atuando em 94% dos municípios do país — incluindo várias localidades mato-grossenses que antes enfrentavam escassez crônica de médicos.