Com uma economia em crescimento, onde as oportunidades de emprego são mais abundantes, Mato Grosso registrou a menor taxa de desocupação do país no 4º trimestre de 2024, chegando a 2,5%. Ou seja, a proporção de pessoas desempregadas em relação à força de trabalho total é uma das menores já observadas nos últimos 10 anos no estado. No terceiro trimestre de 2024, a taxa chegou a 2,3%.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram analisados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) mostram que Mato Grosso teve de 1,93 milhão pessoas trabalhando frente a 49 mil de desempregados.
O índice mostra que houve um aumento de 8,89% na quantidade de desempregados em relação ao último período avaliado (que compreende os meses de julho, agosto e setembro) e um recuo de – 35,53% em relação ao mesmo período do ano anterior (4º trimestre de 2023).
“Mato Grosso mostra, a cada dia, sua capacidade de gerar empregos, oportunidades e prosperidade para sua população. Essa taxa de desocupação recorde é um sinal claro desse crescimento econômico. Por outro lado, a busca por força de trabalho qualificada, visando a continuidade dessa economia aquecida, é um desafio para todos os setores produtivos do estado”, pontuou o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel.
O Instituto Euvaldo Lodi de Mato Grosso (IEL MT) tem ofertado mais de 2 mil vagas em empresas de todo o estado, com oportunidades em cargos e salários variados.
O cenário é propício não só para a geração de empregos, mas também para a busca de qualificação e requalificação profissional. E o que afirma o diretor regional do Senai Mato Grosso, Carlos Braguini. O Mapa do Trabalho Industrial, por exemplo, identificou a necessidade de qualificação de 315 mil profissionais de Mato Grosso até 2027.
“O Senai Mato Grosso tem um compromisso sólido com a formação profissional e a empregabilidade. Diante desse cenário de crescimento econômico e baixa taxa de desemprego, nosso papel é ainda mais estratégico: garantir que a força de trabalho do estado esteja preparada para os desafios e oportunidades do mercado. Com cursos alinhados às demandas da indústria, oferecemos capacitação de qualidade para que mais pessoas possam ingressar em carreiras promissoras e contribuir ativamente para o desenvolvimento de Mato Grosso”, destaca Braguini.
Regiões
O sudoeste mato-grossense registrou a menor taxa de desocupação do estado, seguido pelo norte (com 1,8%) e o leste (com 2,2%), Conforme relatório do Observatório da Indústria, a proporção de desempregados frente a de pessoas ocupadas em Cuiabá foi de 3,1%.
Mulheres desempregadas
Grande parte daqueles que estão fora do mercado de trabalho são mulheres. A taxa de desocupação em Mato Grosso chegou a 1,6% para os homens e 3,6% para o público feminino.
“É muito expressivo o número de pessoas que estão aptas a trabalhar, porém, por algum motivo se encontram fora do mercado de trabalho”, pontua a gerente do Observatório da Indústria, Vanessa Gasch.
Nesse cenário se encontram, 844 mil pessoas em Mato Grosso, 68,63% são mulheres. “Vale ressaltar que a 96,45% dessas mulheres não estão trabalhando porque estão cuidado de afazeres domésticos, filhos ou parentes”, acrescentou Vanessa.
“Mato Grosso tem 29,9% da população com idade para trabalhar, com o menor percentual entre estados, seguido por Santa Catarina (31,4%) e Goiás (32,7%)”
Do total de pessoas que estão fora do mercado de trabalho, homens e mulheres, o principal motivo alegado para essa situação é o envolvimento com afazeres domésticos, representando 26,17% das respostas. Em seguida, destacam-se as razões de ser muito jovem ou idoso (20,78%) e problemas de saúde ou gravidez (19,97%).
Ocupação e idade
Na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino fundamental completo (5,4%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução, seguido por ensino médio incompleto (3,1%) e ensino superior incompleto ou equivalente (3,0%) fechando os três níveis com maiores participações.
Por grupos de idade, destaque para as pessoas com idades entre 14 anos e 17 anos (14,2%). Por etnia, a taxa de desocupação mais elevada foi registrada na população parda, com 3,1%, seguido por brancos (1,8%) e pretos (1,6%).
Informalidade
A quantidade de pessoas na informalidade diminuiu no quarto trimestre, passando de 683 mil para 674 mil pessoas, alcançando uma taxa de informalidade de 34,8%. Apesar da redução, o estado se mantém em sétimo lugar dentre os que possuem a menor taxa, atrás de Mato Grosso do Sul (33,7%), Paraná (32,1%), Rio Grande do Sul (32,0%), São Paulo (30,3%), Distrito Federal (29%) e Santa Catarina (25,6%).
Esse índice diminuiu para ambos os sexos, de 34,1% para 33,6% no caso das mulheres e de 36,3% para 35,7%, dos homens. Na análise por nível de instrução, o maior nível de informalidade foi para as pessoas sem instrução e menos de 1 ano de estudo (60,0%), seguido por ensino fundamental incompleto (55,8%) e ensino médio incompleto (47,1%).
Fonte: Assessoria