O mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado pela Justiça a cinco anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, em razão da tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília (DF).
Os fatos ocorreram em dezembro passado, após manifestações contrárias ao resultado da eleição presidencial de 2022.
A sentença, assinada pelo juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, condenou, ainda, George Washington de Oliveira Sousa, a nove anos e quatro meses de detenção.
Agora condenados, eles não poderão recorrer da sentença em liberdade, já que o magistrado negou revogar a prisão preventiva.
“Não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional. As circunstâncias dos fatos indicam periculosidade concreta, presente, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública, mantenho a prisão preventiva de ambos os acusados”.
Na decisão, o juiz enfatizou que embora não tenha havido a detonação da carga explosiva, por erro de montagem, trata-se de crime consumado.
“Os acusados se uniram para a prática do delito. Na divisão de tarefas, George conseguiu o artefato explosivo, se encarregou da montagem, e o entregou a Alan, que se responsabilizou pela colocação no caminhão tanque. Houve premeditação, afinal, os acusados se conheceram no acampamento montado em frente ao QG do Exército, onde permaneceram por longo período, e há informação de que as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido do acusado George, na posse de quem foram apreendidas cinco emulsões explosivas”.
“Portanto, o conjunto probatório é seguro para a condenação”, concluiu.
Ao final, o juiz ainda decretou a perda de todas as armas de fogo e munições apreendidas dos acusados.
“Quanto aos aparelhos celulares, notebook, quantia em dinheiro, documentos, objetos pessoais e outros, deve o interessado, com prova da propriedade, requerer a restituição, no prazo de até 10 dias, a contar do trânsito em julgado da sentença, sob pena de perdimento, em favor da União”, finalizou.