Internacional

Material descoberto por cientistas brasileiros é destaque de revista britânica

Em função deste fato, o Departamento de Química da UFSCar realizou uma homenagem aos autores: Elson Longo, Laécio Cavalcante, Diogo Volanti, Amanda Gouveia, Valéria Longo, José Varela, Marcelo Orlandi e Juan Andrés. 
 
Na oportunidade foi ressaltada a importância das publicações nacionais em revista com grande penetração na comunidade científica internacional.
 
Analisando amostras de tungstato de prata, por intermédio dos microscópios eletrônico de varredura de alta resolução e de transmissão, os pesquisadores brasileiros descobriram o crescimento de prata metálica na superfície dos cristais de tungstato.
 
Este fenômeno, inédito na literatura científica, resulta da interação dos elétrons gerados pelos microscópios com os íons prata, reduzindo-os para prata metálica. “Este novo material é criado artificialmente por meio de efeito eletronsíntese, ou seja, através da interação  elétrons (partículas) que bate nos íons de prata (partículas), que se reduz e obtêm-se o crescimento de prata metálica (partículas). Vimos a prata metálica crescendo de forma clara, numa sequência curta de fotos.Quando maior o tempo de duração da interação, maior é o crescimento da prata metálica, e há condição de ver o fenômeno a olho nu por intermédio de microscópio de varredura ou de transmissão”, comenta Elson Longo, um dos autores do artigo científico publicado pela Scientific Reports – Nature. 
 
Elson também é diretor geral do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), ambos com sede no Instituto de Química (IQ) da Unesp, campus de Araraquara, e financiados pela Fapesp e CNPq.
 
O novo material, que tem propriedades fotoluminescente, fotodegradante e bactericida, trará avanços nas áreas de interesse de cerâmica, propriedades eletrônicas de materiais, estrutura eletrônica e química coordenada.
 
O tratamento com elétrons também melhora a propriedade fotoluminescente. “Um exemplo é a presença de compósitos prejudiciais ao ser humano na água, que podem ser fotodegradados com a aplicação deste novo material”, comenta Longo.
 
Para Longo, a publicação na Scientific Reports – Nature mostra a qualidade da ciência brasileira e a sua valorização internacional. “A publicação deste artigo numa revista do porte da Scientific Reports – Nature é motivo de orgulho para nós, pois é raro a revista, de grande impacto internacional, publicar resultados de pesquisas brasileiras”, diz ele.
 
O artigo está disponível no site da revista.
 

Redação

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