Advogados do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PSDB), preso na última quinta-feira (27) na operação "Terra Prometida", aguardam ter acesso a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brásilia para colocar o tucano em liberdade. A expectativa é de que ainda nesta quinta-feira (04) Franz deixe o Centro de Cústodia da capital.
Conforme informações, o pedido de Habeas Corpus, impetrado pelos advogados Valber Melo e uma equipe juridica, foi acolhido pelo TRF com a justificativa de que a situação de Franz era diferente das dos demais detidos.
O advogado Valber Melo declarou a reortagem do Circuito Mato Grosso que a equipe juridica de Franz está em Brasília, buscando cópia da decisão. Só assim, eles terão ainformações de que forma deverão proceder para colocar o seu cliente em liberdade
"Estamos bsucando a cópia da decisão, assim vamos ter informações sobre o seu teor e poderemos seguir os tramites para colocar nosso cliente em liberdade, ainda hoje", explicou Melo.
Acusações
O ex-prefeito, que foi detido na operação, negou qualquer envolvimento no esquema de irregularidades na concessão e manutenção de lotes destinados à reforma agrária.
Conforme a decisão assinada pelo juiz federal Fábio Henrique Rodrigues Fiorenza, Franz é apontado como possível “braço político e financeiro”, atuando como fornecedor de insumos para os fazendeiros da suposta organização criminosa.
Trecho da decisão supõe que além de atuar entre os empresários, caberia a Franz atuar nos poderes Executivo e Legislativo de Lucas do Rio Verde.
“Ele teria, supostamente, se utilizado de seu poderio financeiro (possivelmente corrompendo pessoas na Prefeitura, Câmara Municipal e Incra) para regularizar o Lote 581-A perante o Incra, Prefeitura e cartórios”, diz trecho da decisão.
A investigação envolveu ainda a empresa Fiagril Participações S/A, em que Marino Franz é presidente do Conselho Administrativo.
Conforme os autos do processo, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por meio de termo de doação número 003, de 13 de março de 2006, teria feito a doação de um terreno localizado no município de Itanhangá à prefeitura de Lucas do Rio Verde.
Contudo, a documentação teria sido deliberadamente falsificada. Tendo o lote revertido em benefício da empresa Fiagril, cujo sócio-gerente é Marino Franz.