Marido preso por matar psicóloga alterou a cena para simular suicídio, diz delegado

Suspeito apresentou versões contraditórias sobre o caso; o corpo da vítima e o local não apresentavam características típicas de um suicídio.

Por Cris Molossi, Arielly Barth, g1 MT e TV Centro América

Fábio Teixeira Santin, preso pelo feminicídio da esposa, a psicóloga Janaina Carla Portela Santin, é suspeito de ter manipulado a cena do crime para simular o suicídio da esposa, aponta investigação. Janaina de 43 anos, foi encontrada morta dentro de casa Bairro Residencial Delta, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, nesta segunda-feira (16).

Segundo o delegado responsável pela investigação Ugo Mendonça, o suspeito apresentou versões contraditórias sobre o caso. Ainda de acordo com o delegado, tanto a cena do crime quanto o corpo da vítima não apresentavam características típicas de um suicídio.

“Assim que fui informado de algumas incoerências da versão dele, acionei novamente a perícia, voltei ao local e confirmamos a inconsistências na versão dele, inclusive a distância, ângulo de disparo. Na casa, os peritos já haviam detectado a ausência de tiro encostado que é típico de quem pratica suicídio”, contou.

A perícia indicou que a vítima apresentava um ferimento na cabeça, causado por disparo de arma de fogo. No entanto, cerca de cinco cápsulas deflagradas foram encontradas espalhadas pela residência, o que levantou ainda mais suspeitas.

Conforme a investigação, Fabio teria efetuado os disparos dentro da casa e alterado a posição do corpo da vítima. Em depoimento, alegou que teria discutido com a esposa e que ela efetuou os disparos. Um deles teria acertado sua perna.

“Acredito que após ele praticar o ato, ele alterou a cena do crime, mudou a posição do corpo. Acredito que ele mesmo efetuou os disparos, simulando que a vítima teria feito, e ele mesmo efetuou o disparo contra a própria perna, pois é compatível o ângulo de entrada e saída, com a direção do disparo, pelo fato dele ser destro”, explicou o delegado.

O suspeito foi preso em flagrante, e o auto de prisão será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Foto Capa: Reprodução

Fonte: https://g1.globo.com