Rafael Moraes Dias, 29 anos, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá-MT), na manhã desta quinta-feira (5), por suspeita de envolvimento no assassinato da esposa, ocorrido no dia 5 de julho. Thais Mara dos Santos Gomes, de 23 anos, foi asfixiada e esfaqueada mais de 30 vezes. Ela foi encontrada com uma faca cravada no braço e com a filha de quatro meses no colo.
O acusado trabalha como caminhoneiro e foi parado pela PRF na BR–070.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão de Rafael foi decretada após um exame pericial encontrar material genético do suspeito nas unhas da vítima e na faca utilizada para esfaquear Thais Mara.
Os principais suspeitos pela morte da jovem são a mãe e o padrasto de Rafael, identificados como Marta Moraes Alves, de 50 anos, e Daniel Cirilo. Eles estão presos desde a data do crime.
O crime segue sendo investigado.
O assassinato
Foi um vizinho de Thais que a encontrou morta, dentro de casa. Ele acionou a Polícia Militar e disse que o marido da vítima, que estaria em viagem, ligou dizendo estar preocupado por não conseguir contato com a esposa.
De acordo com o rapaz, a criança estava chorando por fome e tentava mamar. A vítima, conforme o relato do vizinho, tinha uma faca cravada abaixo do braço. “Só olhei e vi o cabo da faca debaixo do braço dela e a criança chorando”.
A polícia teve acesso às imagens de uma câmera de segurança colocada nas imediações da residência da jovem. Nas filmagens, foi constatado que Daniel, que aparentemente possui distúrbios mentais, estava deixando a casa da vítima, após o crime, por volta de 4h.
A relação entre Thais e os sogros era conturbada. De acordo com informações, a mãe do marido da vítima dizia que a filha do casal era fruto de uma traição. Uma amiga da jovem contou à época, que Thais dizia estar com receio de ficar sozinha, pois já teria sido ameaçada de morte.
“Ela falou que estava com medo de ficar em casa sozinha, pois ela estava sendo ameaçada pela sogra, que dizia que a bebê não era filha do marido dela. A sogra disse que ia pagar alguém para matar ela”.
Thais havia registrado um boletim de ocorrência de injúria contra Marta e tinha uma medida protetiva contra a mãe do seu marido, em razão dos constantes desentendimentos.
