Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), além da predisposição genética, o consumo excessivo de carnes ricas em gorduras, podem aumentar os riscos do aparecimento de câncer de intestino.
Apesar de não ser nenhuma novidade para os médicos, que já alertavam sobre os riscos de uma alimentação rica em gordura animal e pobre em fibras, os índices da doença ainda assustam.
Com uma estimativa de 36 mil novos casos no Brasil em 2019, o câncer de intestino é silencioso e assintomático. Ainda de acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 43% dos casos da doença podem levar à morte, número considerado bastante alto pelo presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso (Sobed-MT), diretor técnico do Centro de Endoscopia Cuiabá (CEC) e médico no Vida Endoscopia, Roberto Barreto.
“E como o paciente muitas vezes não tem indícios da doença, ela passa despercebida, resultando em um câncer agressivo e mais difícil de ser tratado”. O médico explica que a razão disso, é que antes de se tornar um câncer de fato, a doença surge como um pólipo intestinal, uma espécie de lesão benigna, que deve ser retirado para evitar seu crescimento e degeneração.
Os pólipos são formações que pode ser encontradas sob a mucosa do intestino, especialmente a partir dos 50 anos de idade. Seu crescimento é lento, pode levar aproximadamente 10 anos para degenerar-se em um câncer. Alguns históricos de predisposição ao câncer de cólon ou a formação de pólipos são fatores de risco que levam à necessidade de retirada desse material.
Mas a tecnologia também é grande aliada quando o assunto é prevenção e diagnóstico. O exame indicado para qualquer suspeita relacionada à doença é a colonoscopia. O procedimento permite a visualização completa do intestino grosso e do reto, diagnosticando possíveis tumores, sejam eles benignos ou malignos.
Um estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts General Hospital Gastrointestinal Unit revelou que a realização da colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 50 anos de idade pode reduzir em até 40% o risco de desenvolvimento do câncer. Tal eficácia tornou o procedimento mais acessível e simplificado.
“Com o procedimento, nós conseguimos identificar pólipos e retirá-los no ato do exame, evitando assim a degeneração posterior. Atualmente o diagnóstico tem se tornado mais preciso graças à colonoscópios de altíssima definição (HD+) e com a magnificação de imagens (zoom óptico de 135 vezes)”, explicou o especialista, Roberto Barreto.
PROCEDIMENTO
O exame é realizado via retal, com o paciente sedado e dura, em média, de 20 minutos à uma hora. Um aparelho de fibra ótica permite a visualização completa do reto e do cólon. Essa visualização ocorre através de uma câmera inserida na extremidade do colonoscópio, cuja imagem é enviada para um monitor, permitindo assim, a análise simultânea do interior do cólon.
POSSÍVEIS SINTOMAS
Alguns sintomas podem ajudar a identificar o câncer colorretal, tais como:
– Mudança no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre);
– Desconforto abdominal com gases ou cólicas;
– Sangramento nas fezes;
– Sangramento anal;
– Sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação.
Dr Roberto Carlos Fraife Barreto
CRM/MT 3316
Gastroenterologista – RQE 3584
Endoscopia Digestiva – RQE 826
Formado em medicina pela Universidade Federal da Bahia – UFBA
Residencia médica em gastroenterologia clínica e com área de atuação em hepatologia e endoscopia digestiva pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – HSPE
Aperfeiçoamento em endoscopia digestiva no Hospital 9 de Julho em São Paulo/SP
Especialista e membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED
Fundador da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso – SOBED/MT
Presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso – SOBED/MT
Diretor técnico do Centro de Endoscopia Cuiabá – CEC.
Endoscopista da Vida Endoscopia na Vida Diagnostico e Saúde em Várzea Grande/MT
Gastroenterologista: é a especialização médica que visa tornar apto o profissional que cuida do sistema digestório. Dessa forma, o especialista em gastroenterologia cuida de órgãos como boca, esôfago, estômago, vesícula biliar, fígado, intestino grosso e delgado, cólon e íleo.